No segundo dia do 4º Congresso Nacional da CTB, as questões de gênero tiveram destaque no painel “A luta emancipacionista e o trabalho”, com palestras de Ana Rocha, assessora do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro e dirigente da União Brasileira de Mulheres e a senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia.
A mesa composta pelas dirigentes da CTB, Ivânia Pereira, Celina Arêas e Kátia Gaivoto, trouxe importantes informações sobre como solucionar o problema da discriminação no mercado de trabalho.
De acordo com Ana Rocha, “as mulheres estão concentradas no mercado informal e precário do trabalho” porque “o capital separa a produção da reprodução e o trabalho doméstico do trabalho fora de casa, explorando duplamente as mulheres”.
Em seguida falou a senadora Lídice da Mata, que criticou a reforma trabalhista do governo ilegítimo de Michel Temer. Ela destacou dois pontos de grande prejuízo para as mulheres.
O primeiro ponto mencionado foi sobre a permissão de que as mulheres, mesmo grávidas, realizem trabalhos insalubres e em segundo lugar o fato de poderem negociar os 30 minutos diários que têm direito para amamentar.
“A reforma trabalhista explicita o caráter extremamente perverso para o trabalho da mulher”. A senadora baiana ressaltou também a questão do trabalho intermitente.
“Esse discurso falacioso de que o trabalho intermitente é uma necessidade da mulher e da juventude traz no bojo uma grande enganação e poda a liberdade da mulher, não o contrário”.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy. Foto: Manoel Porto