O Uruguai irá pedir uma reunião do Mercosul (Mercado Comum do Sul) para debater a reforma trabalhista encaminhada pelo governo Michel Temer. O país avalia que a reforma é um risco às regras de competitividade do bloco.
O Uruguai está preocupado porque a reforma trabalhista brasileira seria “uma maneira de competir com base na retirada de direitos trabalhistas”. O chanceler Rodolfo Nin Novoa em declarações divulgadas pela presidência, afirmou que o governo do uruguaio sempre tentou evitar que isso acontecesse.
De acordo com o ministro, o país pediu uma reunião especial de avaliação pelo Mercosul, composto ainda por Brasil, Argentina e Paraguai, no âmbito da Declaração Sócio-Laboral assinada em 2015. Para o Uruguai, a nova legislação brasileira “afeta os direitos dos trabalhadores e, por consequência, as regras de competitividade dentro do bloco.”
“Vamos pedir uma reunião que está no âmbito da Declaração Sócio-Laboral, que estabelece que duas vezes por ano uma comissão administradora precisa se reunir”, adiantou Nin Novoa, acrescentando: “Não vamos imiscuir na legislação interna dos países, mas queremos marcar preocupações, porque assim vai ser bem difícil competir. O salário dos trabalhadores não pode ser a variável de ajuste para a competição nos mercados”, destacou.
Com Jornal do Brasil
Foto:J.Batista/Câmara dos Deputados