Mais de 40 mil pessoas saíram às ruas da capital paulista, na tarde desta sexta-feira (30), atendendo ao chamado da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e demais centrais com os movimentos sociais em defesa dos direitos sociais e trabalhistas.
Adilson Araújo: Unidade, luta e radicalização consequente para barrar as reformas
Em São Paulo, desde manhã diversas categorias do campo e da cidade protagonizaram atos e paralisações em protesto contra a reforma trabalhista do governo Michel Temer que foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na última quarta (28). O texto deve ser votado pelo plenário do Senado na semana que vem.
Diante desta conjuntura o presidente da CTB, Adilson Araújo, que discursou durante o ato político que reuniu milhares na Avenida Paulista, reforçou a importância da unidade da classe trabalhadora. “É chegada a hora de pintar este Brasil da cor do sangue da luta da classe trabalhadora”, expressou o sindicalista.
Araújo denunciou ainda os retrocessos econômicos e sociais no país, após a chegada de Temer à presidência. “Este governo aprovou a PEC 55. Congelou os investimentos públicos por 20 anos. Eles estão liquidando o país”, sublinhou.
O sindicalista convocou a população para pressionar os parlamentares e barrar as reformas. “Nós já fizemos todo tipo de luta.Fizemos marcha, greve geral, ocupe Brasília. Agora, diante do caos, precisamos botar a perna na porta do Congresso Nacional, tomar aquele espaço. Colocar uma agenda que possibilite um novo caminho”, declarou
Adilson lembrou ainda da primeira greve geral no Brasil, há 100 anos, que foi liderada pelas mulheres de uma fábrica têxtil no bairro da Mooca em São Paulo. “Temos que praticar a radicalização consequente aquela mesma que levou as mulheres a liderar a greve operária”, lembrou.
Érika Ceconi – Portal CTB
Foto: Joca Duarte