As denúncias contra Michel Temer (PMDB), de que ele teria dado aval ao dono da JBS, Joesley Batista, para continuar pagando propina ao ex-deputado Eduardo Cunha, foram destaque na imprensa internacional.
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A informação, revelada pelo jornal O Globo após delação premiada de Batista, também implica o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que teria pedido R$ 2 milhões para pagar sua defesa na Operação LavaJato.
Veja como a imprensa internacional tratou o assunto:
Página/12 – Argentina
“Uma bomba de proporções inimagináveis estourou nas mãos de Michel Temer e pode implodir seu governo”, começa a reportagem do jornal argentino Página/12. O periódico lembra que, logo após as denúncias, a oposição pediu o impeachment de Temer.
TeleSUR – Venezuela
A emissora multiestatal já questiona o que aconteceria em uma eventual destituição de Temer, lembrando que a Constituição brasileira determina a convocação de eleições indiretas após 30 dias uma queda de Temer. No entanto, diz a emissora, “os movimentos sociais e a maioria da oposição no Congresso brasileiro reclamam eleições diretas no caso de o atual mandatário não eleito, Michel Temer, deixe o Palácio do Planalto”.
El Desconcierto – Chile
Para o site El Desconcierto, o Brasil está “on fire” (pegando foto): “O Fora Temer se escuta forte nas ruas depois da gravação do presidente pedindo para se comprar o silêncio de deputado corrupto”, diz o noticiário. “O país sofre novos terremotos políticos a cada semana, e o desta quarta pode significar o início da pior crise do atual mandatário.
Cubadebate – Cuba
“Temer compra silêncio de Cunha: empresa de carnes assegura ter gravações” é o título da reportagem do diário Cubadebate. “O presidente do Brasil, Michel Temer, suspendeu nesta quinta-feira toda sua agenda do dia devido ao escândalo de corrupção que o implica e mantém em suspenso o país.”
The New York Times – EUA
O jornal norte-americano diz que Temer nega as acusações, mas lembra que o governo do presidente “tropeça de crise em crise desde que chegou ao poder há cerca de um ano, após uma longa batalha para derrubar sua antecessora de esquerda, Dilma Rousseff. “Apesar da baixa popularidade, Temer vinha tentando ganhar apoio para medidas de austeridade”, disse o periódico.
The Guardian – Reino Unido
Segundo o jornal The Guardian, “gravações explosivas implicam o presidente Michel Temer em suborno”. “Protestos e panelaços (uma tradicional forma de protesto na América Latina) puderam ser ouvidos quando as alegações foram divulgadas na TV. Manifestantes também se reuniram fora do palácio presidencial gritando “Fora Temer””, afirma o
Le Monde – França
O francês Le Monde afirmou que “os dias do presidente da República parecem contados” e que a situação piora com o fato de Temer sofrer uma “megaimpopularidade”.
La Nación – Argentina
O jornal argentino La Nacion, por sua vez, deu detalhes de como Temer teria autorizado o pagamento de suborno para manter o silêncio de Cunha. “Foi em 7 de março, às 22h30. O empresário Joesley Batista, um dos donos do maior frigorífico do país, o JBS, entrou no Palácio do Jaburu, residente do presidente do Brasil, e o viu ali, esperando”, relatou o diário.
Opera Mundi