Na noite da quinta-feira (9), cerca de 60 dirigentes de sindicatos, centrais sindicais e movimentos sociais e políticos se reuniram no Sindicato dos Metroviários de São Paulo numa plenária convocada para organizar as iniciativas de diversos setores profissionais na construção do Dia Nacional de Luta com paralisações, greves e manifestações contra o desmonte da previdência proposto pelo governo ilegítimo de Michel Temer.
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Nesta sexta (10), foi lançada pelas entidades que convocam o 15 de março uma Carta Aberta à População, com explicações sobre as razões e a grande importância deste protesto para a preservacão de direitos essenciais e constitucionais de todo cidadão brasileiro.
A data foi inicialmente convocada pelos sindicatos da educação básica, como início da greve nacional da educação, e depois incorporada pelas centrais sindicais como um dia nacional de mobilização. Dentre as representações presentes, estavam dirigentes da CTB, CSP Conlutas, Intersindical, CUT, UST e Nova Central Sindical e representantes das frentes Povo sem Medo e Brasil Popular.
Além das lideranças da APEOESP, SINPEEM, Sinasefe, Sindicato dos Condutores de São Paulo, Oposição do SINTECT (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios), Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Sintraemfa, Sintaema, Sindicato dos Trabalhadores da CPTM (linhas da Zona Leste) e Sindicato dos Eletricitários
Entre os informes importantes, o anúncio da paralisação dos metroviários e dos trabalhadores do transporte urbano, que já votaram em suas assembleias pela paralisação e que se reunirão na véspera do dia 15 para deliberar definitivamente sobre a adesão à greve, como é de praxe na categoria.
Na reunião, cada entidade apresentou um quadro das iniciativas já encaminhadas em suas bases com o objetivo de reagir ao desmonte previdenciário, à reforma trabalhista e ao projeto de terceirização que tramita com urgência na Câmara. A ampla mobilização para o ato do dia 15 revela que a classe trabalhadora está atenta, consciente e empenhada em realizar um enfrentamento aos ataques do governo.
Para Onofre Gonçalves, presidente da CTB-SP, a reunião mostrou que há unidade entre as diversas entidades da classe trabalhadora para o ato no dia 15. “A unificação da resistência é a única alternativa que temos para barrar os enormes retrocessos que este governo tenta implementar”.
Entre as ações definidas no encontro, estão a realização de panfletagens em algumas estações de metrô da cidade e em grandes concentrações populares (praças, terminais de ônibus) nos dias 13 e 14 de março. E também a organização de bloqueios em algumas avenidas e vias importantes no período da manhã e o ato unitário no final da tarde na avenida Paulista no dia 15.
Confira o que cada categoria está organizando para o 15 de março no estado e na capital paulista 15:
Metroviários SP: greve de 24h no dia 15 (assembleia no dia 14 delibera sobre a greve).
Condutores SP: vai parar da 0h as 8h (na véspera realizará assembleia que poderá ampliar o período de paralisação).
Plenária do setor de transportes em SP: segunda-feira (13) às 15h para aprovar a participação no dia de luta com os trabalhadores da base de Osasco, ABC e Guarulhos
Metalúrgicos SP: Vai parar em peso a zona sul com passeata e grande ato na ponte do Socorro. Nas demais regiões (leste, oeste e norte) vão parar as principais fábricas e realizar atos nas regiões
APEOESP (Professores estaduais): vai parar a partir do dia 15 e convoca assembleia na República, às 14h. Em seguida vai para Paulista se incorporar no ato unificado.
SINPEEM (Trabalhadoras/es em educação da rede municipal de São Paulo): vai parar a partir do dia 15 e convoca assembleia no viaduto do Chá em frente ao gabinete da Prefeitura.
SINASEFE (Servidores Federais): vão parar no dia 15
Servidores Municipais: vão parar no dia 15 e convocam para Paulista
SINTUSP: vão parar dia 15
SINDSEF: vão parar dia 15
SINTRAJUD: vão parar dia 15
Bancários: vão parar os bancos na região da avenida Paulista no dia 15
Eletricitários: vão parar 24h no dia 15
Correios: assembleias em todos os estados no dia 14 para organizar a paralisação de 24h no dia 15
Sintaema – Sabesp: vão parar metade do dia
Sindsaúde: vão parar vários hospitais dia 15
Químicos SP: vão parar dia 15
Químicos SJC: vão parar as fábricas
Metalúrgicos SJC: vão parar as fábricas e fazer manifestações em avenidas e estradas
Metroviários de BH: vão parar 24h no dia 15
CNTE: entidade nacional da educação convoca greve a partir do dia 15
Encaminhamentos:
Carta aberta unificada (100 mil cartas): no dia 14 às 6h nas estações de Metrô com assinatura de todas as entidades
Inserção em rádios: informando os trabalhadores e convocando o dia 15
Carros de som: nas portas de fábricas e nos bairros convocando a paralisação
Ato unificado na Paulista: dia 15 às 16h
(com informações de André Valuche)
Portal CTB