Nós, no Brasil, estamos em sintonia com os movimentos de mulheres que ocorrem em todo o mundo, como, por exemplo, o movimento “Ni Una a Menos”, na Argentina, e a convocação de Angela Davis e Nancy Fraser, para uma greve feminista, nos Estados Unidos.
As mulheres, em todos os estados da nossa Federação, preparam uma grande mobilização para marcar o dia 8 de março. Irão marchar contra a misoginia, o machismo e a violência, mas também irão denunciar o golpe e reagir à perda de direitos que sua consolidação acarreta.
Todas as iniciativas do governo ilegítimo evidenciam o retrocesso. A aprovação de um teto de gastos, por vinte anos, para educação, saúde, cultura, segurança pública, por exemplo, implicará em enormes perdas para as mulheres e os que mais precisam. As reformas da Previdência e Trabalhista têm impacto negativo em toda a população, mas afetam sobremaneira a vida de milhões de mulheres chefes de família.
É preciso, por isso, que todas as mulheres de diferentes matrizes religiosas, opção política, diversidade sexual, negras, brancas, de todas as etnias, se juntem a esse movimento para reagir aos reflexos da política neoliberal que avança sobre a democracia e fortalece discriminações e preconceitos.
Em todo o mundo, as mulheres têm assumido a liderança na luta contra a barbárie e mostram sua força e determinação. Dia 8 de março, dia internacional de luta das mulheres.
Dilma Rousseff é ex-presidenta do Brasil. Foto: Roberto Stuckert.
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