Com a participação de mais de 500 líderes sindicais, a Federação dos Trabalhadores em Agricultura de Minas Gerais (Fetaemg) realizou na última quarta-feira (11) em Belo Horizonte, o importante debate “Somos contra a Reforma da Previdência. Nenhum direito a menos!”.
Além de aprofundar a discussão acerca dos prejuízos contidos na reforma apresentada pelo governo de Michel Temer, o encontro definiu uma grande mobilização entitulada “Dia de luta em defesa da Previdência”, que só em Minas Gerais promete mobilizar milhares de pessoas.
“Nossa meta é mobilizar só no estado de Minas Gerais mais de cem mil trabalhadores do campo e da cidade. A previdência é um patrimônio de todos e todas, por isso somos contra essa reforma. Não aceitaremos nenhum direito a menos. Juntos somos mais fortes”, convocou Vilson Luiz, presidente da Fetaemg e secretário de Finanças da CTB nacional. A atividade, que conta com todo o apoio da Central, será no dia 15 de fevereiro.
Fetaemg lança manifesto sobre os riscos da reforma da Previdência Social
Rico debate
Durante o encontro foram apresentados os impactos da reforma na vida dos trabalhadores, mostrando que os mais pobres e os rurais serão os mais prejudicados especialmente por propor a elevação da idade mínima de aposentadoria para 65 anos de idade.
O presidente da Fetaemg reforçou que nos pequenos municípios são os recursos das aposentadorias que movimentam a economia, e ressaltou que as medidas que o governo vem tomando desestimulam a permanência das famílias no meio rural, citando como exemplo a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário e a falta de investimentos em importantes políticas públicas, como o Programa de Habitação Rural, por exemplo.
O presidente da Fetaemg ainda reforçou que a vida no campo já é muito difícil e sem o incentivo de políticas públicas e sem o amparo da Previdência, fatalmente essas famílias irão migrar para as cidades, causando um dano social ainda maior para o país. “Qual o incentivo para o trabalhador e a trabalhadora permanecerem no meio rural?” Como discutir a sucessão rural? Com essas perguntas, o presidente reforçou que a reforma da Previdência proposta pelo governo é muito grave e que não dá para aceitar esse imenso retrocesso na vida dos trabalhadores rurais e urbanos.
Para Adilson Araújo, presidente nacional da CTB, é imperativo que trabalhadores do campo e da cidade se mobilizem para participar da atividade. “Uma grande mobilização se avizinha e o entendimento da CTB é de transformar o mês de fevereiro em uma grande jornada nacional de luta em defesa da previdência”, afirmou.
A Fetaemg e a CTB orientam que os sindicalistas entrem em contato com seu sindicato.
Centrais preparam calendário de ações e resistência contra as reformas de Temer
Portal CTB com Fetaemg