A Frente Militante de Todos os Trabalhadores da Grécia (Pame) realizou na capital Atenas nos dias 19 e 20 de novembro seu 4º Congresso Nacional. O dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Assis Melo, representou a organização no encontro que reuniu 37 delegações internacionias.
Durante o evento, a central sindical grega fez um levantamento de toda a sua atuação desde sua fundação, em 1999. “A Pame tomou clara posição contra as guerras e invasões imperialistas com ações e iniciativas militantes. Organizou e segue expressando, diariamente, e com formas diversas a solidariedade com refugiados e os imigrantes”, apontou o discurso do secretariado executivo.
Os participantes também debateram a atual conjuntura daquele país e do mundo. “A luta pela recuperação das perdas para uma vida digna deve ser combinada com outro caminho de crescimento com o povo no poder”, concluiu o secretariado.
Na avaliação de Assis Melo, o congresso foi uma oportunidade do movimento sindical trocar experiências sobre como a classe trabalhadora está se organizando para enfrentar essa onda conservadora e neoliberal que avança sobre o continente. “Existe uma resistência contra as medidas que acabam com os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras em todo o mundo”, declarou Melo.
Em sua intervenção, o dirigente da CTB, denunciou o golpe no Brasil, que afastou a presidenta democraticamente eleita, Dilma Rousseff, e as políticas que Michel Temer está tentando impor no país. “O golpe atende em primeiro lugar aos interesses geopolíticos e econômicos dos Estados Unidos. Faz parte da grande onda conservadora que invadiu a América Latina e o Caribe nos últimos anos e ameaça reverter o ciclo político progressista iniciado na região no alvorecer do século 21, que se expressou em fatos como a rejeição da Alca, a criação da Alba, da Unasul e da Celac, a ampliação do Mercosul”, expressou o sindicalista.
Neste sentido, ele também alertou sobre a entrega de setores estratégicos como a exploração do petróleo para multinacionais. “Os EUA ganharão também com a mudança das regras de exploração do chamado pré-sal, feita sob encomenda da multinacional Chevron com o propósito de reduzir a participação da Petrobras e entregar o petróleo brasileiro aos monopólios estrangeiras”, frisou.
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Érika Ceconi – Portal CTB
Foto: Pame