Funcionários públicos de várias categorias realizaram, na tarde da quarta-feira (9), um novo protesto contra o pacote de maldades do governo, em frente a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). O ato foi coordenado pelo MUSPE (Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado) e reuniu diversas categorias para lutar contra o pacote de maldades do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). A CTB-RJ faz parte desse amplo movimento. No ato, servidores usam camisa pretas com a frase “luto pelo rio”.
Apesar de tecer bandeiras justas e lutar por uma audiência com o Presidente da ALERJ, Jorge Picciani (PMDB), o ato foi fortemente reprimido pelas forças policiais que atiraram bombas de gás lacrimogênio, de efeito moral e gás de pimenta em cima dos trabalhadores.
Pezão e Dornelles anunciam pacote de maldades contra povo pobre do Rio de Janeiro
O diretor da CTB, José Carlos Madureira, criticou a violência contra os manifestantes:
“Começamos a semana de Novembro, segunda-feira, com uma manifestação na porta da ALERJ contra o pacote de maldades do governador. Aumentando a alíquota [da contribuição previdenciária] de 30%, proibindo aumento de salário para os servidores e também aumentando em 14% quem ganha acima de R$ 5.800. Segunda teve manifestação na ALERJ. Ontem, terça, teve ato da polícia civil que invadiu a ALERJ sem reação policial. E, hoje, que estavam presente o Ministério Público, o Tribunal de Contas, Servidores da Justiça que tentavam entrar para dialogar com deputados foram rechaçados pela polícia militar que abusou da violência contra os manifestantes.”
Madureira, no entanto, alertou que a repressão não irá desmobilizar o movimento e que no próximo dia 11 será ainda maior:
“Isso foi só o esquentar de tambores para o dia 11, quando todos os manifestantes que estavam presentes hoje convocaram todos os movimentos que foram às ruas na segunda, terça e quarta. Todas essas categorias estarão nas ruas no dia 11, num movimento que reúne os servidores estaduais e federais lotados no Rio de Janeiro rumo à greve geral contra o pacote de maldades do PMDB, contra a calamidade que é o governo do PMDB no estado do Rio de Janeiro.”
O Secretário de Finanças da CTB-RJ, Mário Porto, militante da base do Sintsama-RJ (Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento e Meio-Ambiente), também criticou a violência do Estado contra os manifestantes
“Nós estávamos aqui pacificamente querendo que uma representação do grupo entrasse para falar com o Picciani e fomos duramente reprimidos pela Polícia Militar. No entanto, nós não arredamos o pé, nós resistimos, e mesmo com a prisão injusta de um companheiro, seguimos firmes na luta e não arredamos o pé daqui.”
Da CTB-RJ