“Meu nome é Vana Lopes, escritora do livro Bem-vindo ao Inferno. Sou uma das vítimas de Roger Abdelmassih e represento dezenas de outras vítimas do ex-médico; também falo em nome do Grupo Vítimas Unidas, que tem mais de 78 mil participantes; por último, falo como cidadã. Venho por meio deste abaixo assinado pedir que a ação onde foi condenada a atriz Monica Iozzi a pagar R$ 30 mil de indenização por danos morais a Vossa excelência seja relevada”, diz trecho do texto (assine aqui).
O processo se deu porque no dia 28 de maio, Iozzi postou em seu Instagram uma mensagem sobre o habeas corpus concedido por Mendes para o médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por 58 estupros.
Confira o post no Instagram de Monica Iozzi
O juiz Giordano Resende Costa alegou que a atriz é uma pessoa pública e, por isso, “sua liberdade de expressão deve ser usada de forma consciente e responsável”. Nenhum representante do Judiciário exige a mesma postura da mídia hegemônica.
A jornalista Nathalí Macedo reage a essa decisão afirmando que “Iozzi não citou nomes, não proferiu ofensas pessoais, não alimentou discurso de ódio. Exerceu seu direito, como cidadã, de manifestar indignação diante de uma decisão que diz respeito a todas as mulheres brasileiras, sob o julgo de um judiciário notadamente machista. Onde estão as ‘ofensas à imagem do Ministro’, já que sequer seu nome fora citado?”
Isso mostra que a carapuça serviu. A atriz afirma que não ofendeu a ninguém, mas somente expressou “uma opinião sobre um fato público a respeito do julgamento de um médico que chocou o país. Médico acusado e condenado por ter abusado sexualmente de dezenas de suas pacientes”.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy com agências