Em várias cidades do Espírito Santo, estudantes e professores tomaram as ruas para protestar contra os cortes promovidos pelo governo golpista no orçamento da educação. Além de atacar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/16, os manifestantes criticaram a reforma do ensino médio, principalmente por tirar a obrigatoriedade de filosofia, sociologia, artes e educação física e não respeitar a sociedade, fazendo a mudança por medida provisória.
“Já passa da hora de fortalecer a importância das escolas públicas, garantindo esse direito constitucional a todos e todas”, diz a professora Jacyara Mardgam. Para ela, “o Estado tem a obrigação de aumentar os investimentos em educação e também valorizar os profissionais do setor”.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União dos Estudantes Secundaristas do Espírito Santo (Ueses) lideram as manifestações juntamente com os docentes da rede pública do estado, além da participação de diversas entidades da sociedade civil organizada e o Movimento Unidos pelo Fies (saiba mais aqui).
Jonas Lube, presidente da União da Juventude Socialista no Espírito Santo (UJS-ES) explica que os jovens são contra a retirada de investimentos em educação e saúde. “Nestes últimos anos de governos populares e progressistas os institutos federais foram expandidos, levando desenvolvimento para as micro e macrorregiões de todo o estado”.
“Tirar recursos dos Ifes, representa tirar os sonhos de muitos por uma educação gratuita e de qualidade, além de ser profissionalizante. O projeto do governo golpista é retroceder no tempo, privilegiando os barões da educação, tornando a escola inacessível aos mais pobres”, diz. Os estudantes também criticam a Medida Provisória 746 que propõe mudanças autoritárias no ensino médio (saiba mais aqui).
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Espírito Santo (CTB-ES) apoia integralmente a ação dos estudantes e profissionais da educação. “O descaso desse desgoverno que retira direitos e investimentos da educação pública pode levar o sistema educacional a um total desastre”, afirma Josandra Rupf, diretora de Educação da CTB-ES.
“A real intenção em não apresentar os resultados dos institutos federais e mascarar os bons resultados dessas instituições, ocorre para justificar o fechamento de vários institutos, como pretende o governo estadual”, complementa.
Portal CTB