O Twitter passou a adotar no Brasil uma licença-paternidade de cinco meses. “Com essa política, reforçamos nossa luta contra estereótipos de gênero e dos papéis tradicionais dos pais na família, além de promover uma visão sem preconceitos sobre a paternidade”, escreve a assessoria de imprensa da empresa.
Para Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) essa atitude do Twitter deve servir de exemplo para outras empresas e principalmente para os parlamentares brasileiros.
“É um grande avanço uma empresa entender a necessidade de compartilhamento das responsabilidades na criação dos filhos e filhas”, diz Ivânia. “Existe um foço enorme entre a política adotada por essa empresa e os projetos do governo golpista para as mulheres, crianças e jovens”.
De acordo com a empresa, essa iniciativa atinge também as mães, que têm o mesmo período de licença-maternidade e vale também para casos de adoção, fazendo “parte de uma série de ações que temos tomado voltadas à qualidade de vida e à igualdade de gênero”.
Ivânia acredita na importância de ampla divulgação de medidas positivas como essa, porque pode levar “os governantes a enxergarem a necessidade de promover políticas públicas que favoreçam a igualdade de gênero”.
Além de cumprir “a obrigação constitucional do Estado em promover o acesso das crianças e adolescentes a políticas inclusivas e parar como as restrições que estão sendo impostas pelos golpistas, com contundentes cortes na educação e na saúde”.
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Segundo o departamento de Recursos Humanos do Twitter, a empresa proporciona todas as comodidades para a amamentação das crianças e as funcionárias que precisarem viajar a trabalho, têm “todas as despesas pagas caso desejem fazer o envio de leite materno aos filhos”.
“E existem locais públicos no país, que recriminam a amamentação, como se isso pudesse agredir alguém”, diz Ivânia. “Por isso, uma medida desse porte ganha grande relevo e mostra que é possível ter mais generosidade e solidariedade para a construção de uma sociedade mais humana”.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy