Na manhã desta quinta-feira (7), representantes de trabalhadoras de todo o Brasil levaram seu apoio e a convicção de luta ao Palácio do Planalto, no “Encontro Mulheres em Defesa da Democracia”. O evento reúne quase mil representantes de entidades sindicais e movimentos sociais e feministas, além de parlamentares.
As mulheres da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil entregaram moção de apoio à Dilma, como as dezenas de entidades presentes, ecoando o grito de milhares de brasileiras e brasileiros pelas ruas: “Não vai ter golpe”.
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A secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Ivânia Pereira, mais uma vez repudia a matéria da revista istoÉ, que estampa ataque misógino à presidenta Dilma. “Essa matéria ataca a todas as brasileiras em sua dignidade e nos direitos de uma vida livre de agressões”.
“Promovemos este ato para refutar a trama golpista dessa direita, que por não conseguir provar nenhuma falcatrua de Dilma, tenta desmoraliza-lá”, acentua Ivânia. De acordo com ela, o objetivo do encontro é mostrar que “queremos tê-la como nossa líder nacional” e, por isso, “as mulheres continuarão nas ruas para garantir a democracia e uma vida sem medo”.
Entre, as sindicalistas que discursaram, Alessandra Lunas, secretária das Mulheres Trabalhadoras Rurais, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, levou a solidariedade à Dilma pelos sucessivos ataques misóginos sofridos por ela na mídia burguesa.
“Com muita indignação, repudiamos as manifestações de ódio e preconceito como o ataque promovido pela revista IstoÉ”, disse Alessandra. “Essa violência não é apenas contra a companheira Dilma, mas atinge a todas nós”.
A ex-secretária especial de Direitos para Mulheres do governo Lula, Nilcéia Freire, mandou mensagem e vídeo afirmando que “nós, mulheres brasileiras, exigimos respeito aos nossos direitos conquistados passo a passo desde que nossa constituição cidadã foi criada”.
Já Creusa Oliveira, presidenta da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, ressaltou as importantes conquistas delas com a Lei das Domésticas, em vigor desde 2013. “Nunca tivemos nossos direitos reconhecidos e agora podemos sonhar com nossas filhas e filhos nas universidades”, defendeu.
No encerramento de sua fala, Creusa puxou o coro ao afirmar que “mexeu com ela, mexeu com todas nós”, ao qual a plateia respondeu prontamente. Socorro Gomes, dirigente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz, pediu tolerância e respeito às diferenças.
Aos gritos de “A Dilma fica o Cunha sai”, a Marcha Mundial das Mulheres repudiou os virulentos ataques machistas à presidenta e criticou com veemência a permanência de Eduardo Cunha na Câmara dos Deputados.
“O lugar do Cunha é na cadeia. Cadê o Judiciário, a Justiça? Nós mulheres feministas temos confiança nesse governo, na nossa luta e no projeto de igualdade que queremos e vamos construir”, concluíram as representantes da Marcha.
Presentes ao ato político representantes das mulheres brasileiras de todos os setores da vida nacional. Filósofas, escritoras, negras, trabalhadoras rurais, domésticas, sindicalistas, estudantes, enfim mulheres de todos os matizes gritaram ao final: “Machistas não passarão”.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy com informações de Ruth de Souza, de Brasília