Nos últimos meses, notícias de refugiados mortos ao tentarem cruzar a fronteira de seus países têm chocado o mundo. Uma das cenas mais impactantes foi a do menino sírio de três anos de idade encontrado afogado em uma praia da Turquia.
Leia também: “A mão do imperialismo continua viva e nós temos que combatê-la”, diz dirigente da CTB
Esta é uma das piores crises migratórias na Europa desde 1945. Segundo dados da Organização Internacional para Migrações (OIM), desde janeiro mais de 430.000 migrantes e refugiados cruzaram o Mar Mediterrâneo em busca de melhores condições de vida, destes cerca de 2.750 morreram ou desapareceram durante a travessia.
Estes migrantes refugiados saem de seus países de origem para escapar de guerras, perseguições e do terrorismo perpetrado por grupos radicais que são financiados pelas indústrias bélicas, como denuncia o secretário de Políticas Sociais da CTB, Rogério Nunes.
“Estas guerras, como a que ocorre na Síria, são forjadas pelo imperialismo norte-americano que financia os grupos islâmicos radicais extremamente conservadores para disseminar o ódio e a divisão dentro daqueles países”, destaca o sindicalista.
Para ele, estas correntes migratórias são consequência da necessidade de girar a economia norte-americana e sua indústria bélica. “Os Estados Unidos e seus aliados vivem das guerras e precisam destes conflitos de tempos em tempos para fazer girar sua economia”, expressa o dirigente.
O secretário da CTB reafirma ainda a posição da central em defesa da humanidade. “Neste momento difícil do cenário internacional da crise capitalista que trata homens, mulheres e crianças de forma tão brutal, somos solidários aos refugiados que têm direito ao trabalho, lazer, moradia, enfim, a uma vida digna”, sublinha Nunes.
Segundo ele, o ato mundial anti-imperialista que ocorrerá no dia 3 de outubro em São Paulo, data em que a Federação Sindical Mundial (FSM) completa seus 70 anos, será muito significativo para os movimentos sociais em todo o mundo.
“A CTB com sua visão de classe, principalmente, em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras convida e convoca todos aqueles que são contra o sistema capitalista e estas barbáries provocadas por ele”, conclama.
O ato, que ocorrerá na Praça das Artes (Avenida São João, 281), região central da capital paulista, está sendo realizado pela CTB e tem o apoio das entidades: Intersindical, UST, UNE, Ubes, MST, MTST, UBM, Conan, Unegro, Barão de Itararé, UJS, Facesp e Cebrapaz.
De acordo com os organizadores, o evento contará com apresentações culturais e a presença de lideranças políticas e sindicais de todo o mundo. Participe do evento no facebook
Érika Ceconi – Portal CTB