Na última quarta-feira (20), a líder sindical da Guatemala e vice-presidenta da Federação Sindical Mundial (FSM), Julia Amparo Lotan, foi presa com mais quinze pessoas da direção do Instituto Guatemalteco de Segurança Social (IGSS) acusados de fraude.
Os sindicatos denunciam que desde 2013, Julia está sendo perseguida e recebe ameaças, pois, em sua condição de representante dos trabalhadores do IGSS, resistiu à violação da autonomia do IGSS por parte do presidente da Guatemala, general Otto Pérez Molina.
“O objetivo real de Otto Pérez Molina é controlar o órgão e beneficiar seus aliados as custas do dinheiro dos trabalhadores”, afirmam os sindicatos. A CTB expressa seu repúdio à injusta agressão sofrida pela sindicalista.
Leia abaixo a nota emitida pela central sindical:
CTB manifesta sua solidariedade com a companheira Julia Amparo Lotan, vice-presidenta da FSM e exige sua imediata liberação
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), organização reconhecida formalmente pelo governo brasileiro por meio do Ministério do Trabalho e Emprego, representando a 1.112 entidades sindicais e cerca de 7 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, vem a público manifestar seu repúdio diante da brutal agressão ocorrida com a companheira Julia Amparo Lotan, vice-presidenta da Federação Sindical Mundial (FSM) e líder sindical da federação Unsitragua da Guatemala.
Transmitimos nossa mais profunda preocupação com a agressão das autoridades guatemaltecas contra a companheira que, durante anos, vem lutando incansavelmente pelos direitos dos trabalhadores e do povo, especialmente, junto aos trabalhadores do Instituto Guatemalteco de Segurança Social (IGSS) daquele país.
A manobra para manchar o nome de Julia Amparo, que está sendo vinculada a denúncias de corrupção, não representa mais do que outro atentado à luta sindical, às liberdades sindicais e à paz social. É um atentado à obra, o esforço e o árduo trabalho daqueles que lutam por fazer valer os direitos e conquistas trabalhistas e sociais.
Solidários com a companheira Julia Amparo nos somamos ao apelo da Federação Sindical Mundial, entidade da qual a CTB é filiada, para exigir sua imediata liberação.
Leia a versão deste comunicado em espanhol
São Paulo, 21 de maio de 2015
Adilson Araújo, presidente da CTB
Divanilton Pereira, secretário de Relações Internacionais