Parece terremoto no Nepal, mas não é. A praça de guerra ocorre em Curitiba capital paranaense, no Centro Cívico, onde fica a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Ali o governador do estado Beto Richa (PSDB) apresentou aos educadores sua proposta para a educação do estado: sangue dos professores. Por ordem de Richa, a Polícia Militar paranaense voltou a cercar e atacar covardemente os educadores em greve desde a segunda-feira (27) contra projeto do executivo estadual de alteração da previdência dos servidores do estado. Já na madrugada da terça-feira, a coisa ficou feia com o ataque promovido pela PM aos professores acampados próximos à Alep.
Com a proximidade da votação do projeto do governador, a truculência policial aumentou e a PM voltou a atacar os desarmados educadores com sprays de pimenta, jatos de água, balas de borracha, bombas de gás e muita falta de vergonha na cara. Já são mais de 50 feridos. Um verdadeiro massacre, onde o sangue dos educadores lava os arredores da Alep, numa atitude incompatível às normas democráticas de uma sociedade civilizada.
“A situação chegou a um ponto que está gerando clamor nacional. O ministro dos Direitos Humanos ligou para oferecer ajuda na negociação e se colocou à disposição porque entende que os direitos humanos estão sendo agredidos aqui no Paraná. É o estado do medo e da opressão”, relatou o presidente da APP-Sindicato, Hemes Silva Leão, sobre a oferta de ajuda do ministro Pepe Vargas.
“O governador não tem diálogo nenhum com o setor público e ainda por cima vem colocar a polícia, única coisa que os deputados da base precisavam para aprovar o projeto”, ressalta o presidente estadual do PT, deputado federal Enio Verri. Segundo agências de notícias, a prefeitura de Curitiba virou uma enfermaria ao prestar socorro às vítimas. Segundo o prefeito Gustavo Fruet (PDT) vive-se uma guerra desmedida na capital paranaense.
Assista vídeo da truculência tucana no Paraná
“Resistência! Esta é a palavra de ordem do movimento grevista dos trabalhadores e trabalhadoras da educação pública do estado do Paraná. Ameaçados (as) pelo governador Beto Richa”, relata texto da App-Sindicato. Agora ninguém pode dizer que o PSDB não tem proposta para a educação. A proposta tucana está estampada na cara dos professores do Paraná.
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