A economia brasileira passa por momentos que exigem muita reflexão. Nos principais países europeus e até nos Estados Unidos a crise econômica teve inicio os idos de 2009. A classe trabalhadora desses países, nas mais diferentes atividades profissionais, sofreu os efeitos da crise, com muitas demissões e a ameaça a direitos conquistados com muitas lutas.E com a crise, o mercado importador desses países também diminuiu suas compras, tanto em termos de matérias primas como também de produtos acabados. Passados alguns anos a economia brasileira começa a mostrar uma queda na produção e no movimento comercial. E por conseqüência, o mercado de trabalho diminui as contratações e o mais grave, em algumas áreas são feitas demissões em massa. Há ainda outros pontos, entre os quais, a dificuldade nas negociações de Acordos Coletivos, com a pressão patronal não apenas em relação ao percentual de reajuste salarial, mas também com a tentativa de retirada de algumas pontos de Acordos anteriores.
Um ponto precisa ser ressaltado que é a necessidade das lutas sindicais não se limitarem a esta ou aquela categoria. Mais do que nunca ´é preciso buscar uma Unidade e a Mobilização à partir de amplos debates que levem em consideração as questões econômicas mas sobretudo, a visão de uma política sindical que exija o espaço para a discussão de políticas sociais e econômicas. E isto pode levar inclusive ao envolvimento dom movimento estudantil, onde algumas especialidades como economia e administração empresarial sirvam de fundamentos para a preparação de quadros profissionais. É preciso aceitar o desafio e mais, que as visões ideológicas não impeçam a elaboração de propostas conjuntas.
Não se pode esquecer que a maioria da classe empresarial não atua de forma isolada. E que se avalie inclusive a ação internacionalizada, pois os objetivos operários são iguais em todas as regiões do mundo. O desafio está lançado, e quanto mais rápidas forem à partir das iniciativas das lideranças operárias, maiores serão as possibilidades de que a crise não cause mais prejuízos aos direitos conquistados com muito esforço.
Uriel Villas Boas é secretário de Previdência da Fitmetal/CTB e Coordenação do Movimento de Aposentados e Pensionistas do Litoral Paulista.
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