Nesta quarta-feira (25) comemora-se o Dia Nacional do Orgulho Gay. O movimento começou em Nova York no final da década de 1960 e ganhou o mundo para celebrar o respeito à diversidade e aos direitos humanos. No Brasil, neste ano, a data ganhou o reforço da Parada Gay na Rádio, pela qual vários veículos aceitaram executar músicas de artistas gays assumidos. Mais de 20 rádios se mobilizaram com a hashtag #CaleAHomofobia.
Essa proposta surgiu por causa da polêmica criada pelo beijo trocado pelas personagens das atrizes Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg na novela “Babilônia” da Globo. Em tempos de “panelaço” da elite e de palavras de ordem reacionárias em manifestações repletas de camisas da CBF, o principal objetivo da campanha é chamar a atenção para a necessidade de se criminalizar a homofobia, como prevê o Projeto de Lei da Câmara 122/2006.
Pela primeira vez, emissoras de rádios participam de um movimento totalmente voltado para a comunidade LGBT. “Acreditamos que a música tem o poder de calar a homofobia”, diz Aricio Fortes, vice-presidente de criação da Ogilvy Brasil. Já o pesquisador francês Daniel Borrillo define a homofobia como “um fenômeno complexo e variado que pode ser percebido nas piadas vulgares que ridicularizam o indivíduo efeminado, mas ela pode também assumir formas mais brutais, chegando até a vontade de extermínio, como foi o caso da Alemanha nazista”.
“Na realidade”, diz Borillo, “a homofobia constitui uma ameaça aos valores democráticos de compreensão e respeito por outrem, no sentido em que ela promove a desigualdade entre os indivíduos em função de seus simples desejos, incentiva a rigidez dos gêneros e favorece a hostilidade contra o outro”.
Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB
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