Na última segunda-feira (9), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou a Venezuela como “Uma ameaça não usual e extraordinária à segurança nacional” do país, o mandatário suspendeu o visto de sete funcionários e ordenou o congelamento seus bens em território norte-americano.
Leia também:
Venezuela rechaça política de sanções dos Estados Unidos
Países da Alba, Celac, Unasul condenaram as medidas impostas pelos EUA contra a Venezuela, da mesma forma que a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Federação Sindical Mundial (FSM) prestam sua solidariedade àquele país.
Nesta quinta-feira (12), a FSM emitiu o seguinte comunicado:
A Federação Sindical Mundial rejeita categoricamente a ameaça do governo dos EUA aos trabalhadores, ao povo e ao governo da Venezuela
A FSM, intimamente comprometida no avanço dos povos na busca da sociedade que eles merecem, impugna a chamada Ordem Executiva emitida pelo presidente dos Estados Unidos contra o governo da República Bolivariana da Venezuela, na qual, de maneira agressiva e absurda, qualifica este país como uma ameaça à segurança nacional estadunidense.
Os que dirigem o establishment estadunidense dizem ao seu presidente que como Venezuela é uma ameaça, os Estados Unidos devem defender-se dela.
Esses tipos de declarações costumam preceder agressões militares, como aconteceram muitas conduzidas pelo imperialismo dos EUA através de sua história agressora.
Não acharam suficiente – junto com os intentos desestabilizadores de agentes do Império – a monstruosa guerra económica descarregada durante o ano de 2014 gerando nesse período desabastecimento, defasagem descomunal entre o dólar e o bolívar, incentivos ao contrabando maiúsculo e muitos outros artefatos para fazer sofrer a população venezuelana.
A Celac, declarou em Havana sua vocação de paz. Perante essa evidente ameaça imperialista, dita justa aspiração tem sido rapidamente defendida por várias organizações sindicais, sociais e governos. A Federação Sindical Mundial se une a essas reclamações. Se a revolução que os latino-americanos e caribenhos reivindicam é para o Império Ianque uma “ameaça”, é nosso dever aumentar nossa prevenção e nossa indispensável solidariedade.
Nessa hora de alerta, em nome dos milhões de trabalhadores que representamos em mais de 120 países, expressamos o nosso apoio às forças sindicais que acompanham às transformações revolucionárias venezuelanas e convocamos a manifestar nossa plena e ativa solidariedade com a Venezuela de Chávez, a da Revolução Bolivariana.
A FSM, no contexto de solidariedade prática com o povo da Venezuela e os povos do mundo contra as manobras imperialistas, convoca uma Conferência Sindical Internacional em Bruxelas – Bélgica em 1-2 de junho de 2015, com o tema “embargos, bloqueios e sanções dos Estados Unidos, da OTAN e da UE são um golpe para os direitos dos trabalhadores”.
Secretaria da Federação Sindical Mundial