A cidade de São Paulo nasceu nas entranhas da subida da serra, fundada pelos jesuítas, os padres Manoel da Nóbrega e José de Anchieta, bem no Pátio do Colégio, no dia 25 de janeiro de 1554. Portanto, a maior metrópole da América do Sul comemora 461 anos de uma trajetória sem paralelos na história. A cidade se agigantou e se transformou no embrião de todas as lutas da sociedade brasileira.
Trem das Onze (Adoniran Barbosa)
Em São Paulo tudo é pressa. Trens, ônibus e metrô, quase sempre lotados levam as pessoas para o trabalho e de volta para casa. O descaso do governo estadual deixa milhares sem água. A vida segue nessa cidade que se renova ano a ano em vez de envelhecer.
O cinza de São Paulo já não entristece e a cidade é cantada em prosa e verso na sua vocação acolhedora e com muita delicadeza poetas mostram as vicissitudes de uma cidade que consome, mas que desperta humanidade.
Sinfonia Paulistana (Billy Blanco)
A prefeitura paulistana organizou uma comemoração à altura. Espalhados por toda a cidade estarão artistas de todos os cantos do país. Jorge Ben Jor, Pitty, Nação Zumbi, Ira!, Almir Guineto, Thaíde, De Menos Crime, Metá Metá, Planta e Raiz, Leandro Lehart, entre muitas (ver programação completa aqui).
Saudosa Maloca (Adoniran Barbosa)
Apesar de tantas contradições, São Paulo se mantém acolhedora. Para cá migraram pessoas de todas as regiões brasileiras que fizeram a grandeza da cidade juntamente com imigrantes. A diversidade paulistana tem sido cantada em prosa e verso por diversos autores dos mais diferentes pensamentos. Todos se encantam com os paulistanos sempre prontos para receber mais um.
Sampa (Caetano Veloso)
A grandeza e a cara dos paulistanos se estampam em diversas canções. A cidade que nasceu e se manteve pequena por anos e anos, começou a mostrar sua vocação com o início da industrialização, quando os barões do café iniciaram a povoação da cidade,com muitos casarões na Avenida Paulista (atual palco das grandes manifestações defendendo direitos da classe trabalhadora). Mesmo com uma elite… bem esqueçamos essa elite ao menos neste aniversário.
Ronda (Paulo Vanzolini)
São cerca de 12 milhões de habitantes numa aglomerada solidão que o baiano Tom Zé cantou em 1968, quando venceu o Festival de Música da TV Record. Tom Zé que escolheu a capital paulista para viver e cantar.
São, São Paulo (Tom Zé)
Para cá todos vieram e aqui todos fizeram suas vidas. A cidade cresceu em arranha-céus, elevou as periferias ao status de representantes da classe trabalhadora, onde os jovens buscam seus sonhos e constroem vidas novas para um novo amanhecer a cada dia.
Negro Drama (Racionais MC’s)
A cara de São Paulo é a cara do Brasil com a mistura de tudo o que formou o povo brasileiro. A difícil locomoção, a agonia da pressa, a vida pulsando forte e o coração batendo… batendo. Assim é São Paulo para mim ou para você.
Não Existe Amor em SP (Criolo)
Mas até eu que não sou paulistano aprendi a amar essa cidade como se fosse minha, pois ela é de todos e está em todos. E mesmo com a pressa, com todo o cinza e todo o concreto, a beleza de são Paulo brota em jardins que florescem em nossos corações toda a vez que pensamos numa cidade, pensamos em São Paulo. A cidade formadas por todos os brasileiros, que pertence a todos e devolve amor a todos.
Envelheço na Cidade (IRA!)
Por Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB