A Marcha pela Democracia e Reforma Política percorreu as principais ruas do centro de Porto Alegre espalhando animação e alegria, sem deixar de lado a essência da atividade: lutar por mudanças urgentes na política brasileira. A mobilização, que aconteceu na tarde desta quinta-feira (4), foi organizada pelas centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos de esquerda com o objetivo de alertar a população para os avanços conquistados nos governos de Lula e Dilma, e reivindicar o fim do Fator Previdenciário, reforma agrária, fim da homofobia e racismo, igualdade de gêneros, mudanças no financiamento das campanhas eleitorais, entre outras lutas.
A marcha também foi realizada com o objetivo de dar uma resposta às manifestações organizadas pela direita, logo após as eleições de segundo turno, que entre várias reivindicações pediam inclusive a volta da ditadura militar ao poder.
A manifestação contou com a coordenação do Bloco da Diversidade, que em cima do carro de som, reinventou músicas conhecidas com novas letras que diziam respeito às principais bandeiras sociais de luta. Entre as canções, uma das mais marcantes foi “o sonho não vai morrer, nem a mudança parar, o povo não sente mais fome e tem casa para morar”, lembrando a música “Não deixe o samba morrer”, composta por Edson Conceição e Aloísio.
A concentração da atividade começou às 17h em frente à Prefeitura. Depois o grupo composto por mais de 6 mil pessoas percorreu a avenida Borges de Medeiros rumo ao largo Zumbi dos Palmares, onde ocorreu um grande ato. O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, subiu no carro de som e em seu discurso parabenizou os participantes pela beleza da marcha. “O povo brasileiro teve uma grande vitória nessas eleições, conseguimos enfrentar o poder econômico, a mídia e aquilo que há de mais reacionário na sociedade brasileira e internacional, que são os interesses do imperialismo. O Brasil com isso dá continua ao processo de mudanças, iniciado em 2002 com a eleição de Lula.
Mas a luta vai se acirrar. Esse movimento é em defesa da democracia e contra esses setores reacionários da sociedade que têm coragem de ir às ruas e defender a volta de um passado de ditadura. Precisamos seguir defendendo a continuidade do desenvolvimento e valorização do trabalho. Uma boa luta para todos nós”, afirmou.
Por Aline Vargas