Uma greve geral contra a política de austeridade do governo grego e as mais recentes exigências da troika paralisou na última quinta-feira (27) a Grécia. Os manifestantes protestam contra as exigências de mais 5 mil demissões de funcionários públicos, restrições ao direito de greve e liberdade às empresas para realizarem demissões coletivas.
A greve geral teve a adesão de mais de 40 mil pessoas apenas em Atenas e foi a segunda greve geral que os trabalhadores gregos realizaram no ano.
A paralisação foi convocada pela confederação dos sindicatos de funcionários públicos (ADEDY) e pela confederação geral de trabalhadores da Grécia (GSEE), que reune os trabalhadores do setor privado.
Os manifestantes protestam principalmente contra as exigências da Troika, que reúne a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI, de demissão de mais de 5 mil funcionários públicos e diminuição de direitos trabalhistas.
As centrais sindicais denunciam as medidas governamentais que empurram o país para a Idade Média social, provocam o desemprego e convertem os trabalhadores na variável de ajustamento da crise e do deficit. Algumas das palavras de ordem com mais destaque foram “Não ao trabalho medieval” e “Contrato coletivo já”.
Segundo dados divulgados por agências internacionais, em seis anos de política de austeridade a Grécia perdeu um quarto da sua riqueza. De acordo com a OIT, desapareceram masi de 25% dos dos postos de trabalho, a taxa de desemprego atinge 25,9% da população ativa e os salários baixaram 23,8% desde 2010.
No próximo dia 7 de dezembro, o parlamento grego votará o orçamento do Estado para 2015, onde estão previstos novos cortes, principalmente na saúde e na educação pública.
Do Portal Vermelho, com agências