O término do primeiro turno presidencial revelou a força da direita brasileira. Através de um consórcio midiático, policial e judicial retirou a candidata Marina Silva do páreo e conseguiu emplacar o neoliberal original e preferido Aécio Neves. Essa nova circunstância revela a dimensão da disputa e o seu relativo equilíbrio ainda em curso.
Essa façanha foi comemorada e insuflada pela mídia para transparecer que o tucano tinha constituído uma nova onda de “mudança”, um clima de vitória inevitável e irreversível, no entanto não colou. Quase que apagaram que a presidenta Dilma Rousseff – mesmo diante dessa forte contraofensiva – conseguiu uma maioria de oito milhões de votos em todo o país.
Uma falsa euforia que visou envolver o povo e colocar a nossa militância e a campanha na defensiva política. A elite brasileira opera uma onda reacionária que tem similaridades com outras trágicas passagens de nossa história.
Uma nova arrancada
Passado onze dias da última batalha, percebe-se que enfrentamos bem essa virulência direitista midiática e a candidatura da Dilma Rousseff encontra-se assentada. Retomou a ofensiva e reúne novas condições para uma arrancada final que consagre a sua vitória.
O fator militante de nossa candidatura faz a diferença e como em todas as grandes polarizações políticas nacionais, tão típicas da luta de classes no Brasil, a classe trabalhadora assume mais uma vez seu lado. De uma forma concentrada denuncia a direita, desmascara os grandes meios de comunicação e reafirma que não arredará o pé das ruas em defesa do Brasil, da democracia e do progresso social.
Mão à obra
Recebemos muitas valorosas contribuições de nossos militantes. Alguns buscam aperfeiçoar o conteúdo e a forma do programa eleitoral televisivo. Todos estão atentos. Sugiro então, nessa fase atual da campanha, que cada um de nós também entreguemos, argumentemos e defendamos junto aos ouvidos, aos olhos e aos corações de todos os brasileiros essas e outras colaborações que evitarão um retrocesso civilizacional em nosso país.
Tenho plena convicção que as trabalhadoras e os trabalhadores, juntamente com o nosso povo, garantirão a quarta vitória popular.
Viva o povo brasileiro!
À luta e à vitória!
Divanilton Pereira é secretário de Relações Internacionais da CTB
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