A Oposição Metalúrgica de São José dos Campos e Região, grupo de trabalhadores e trabalhadoras que conta com o apoio da Fitmetal e da CTB, realizou no último sábado (11) uma plenária com dezenas de lideranças para se consolidar como alternativa à categoria para as eleições do Sindicato de Metalúrgicos da cidade.
O pleito ainda não tem data definida – a princípio está marcado para fevereiro de 2015, mas existe a possibilidade de ser antecipado. Por conta desse cenário incerto, a Oposição Metalúrgica já trabalha com a possibilidade de as eleições serem chamadas a qualquer momento.
A plenária contou com a participação de representantes da Fitmetal, da CTB, e de sindicatos de diversas bases (Rio de Janeiro, Jaguariúna, Bahia e Betim), além dos membros que conduzem os trabalhos da Oposição em São José e Região.
Prontos para a batalha
Luís Fabiano, trabalhador da GM e uma das lideranças da Oposição, destacou o papel da Fitmetal e da CTB durante os últimos anos, posicionando-se como suporte para acompanhar e combater as ações da atual direção do Sindicato, comandado pelo PSTU. “Desde as eleições de 2012 a CTB e a Fitmetal estão aqui conosco. Estamos juntos para combater um Sindicato que só se aproveita dos trabalhadores para fazer política partidária. Nosso projeto é para avançar nas conquistas”, afirmou.
Para José Celso da Silva, o Celsinho, é lamentável ver as condições de trabalho dos metalúrgicos da região se encontrarem comprometidas por conta do descaso do Sindicato. “Temos uma grande responsabilidade aqui. Existe uma proposta e uma saída. Com o apoio da CTB e da Fitmetal temos como assumir esse compromisso, pois nossa categoria tem um papel fundamental para toda nossa região”, destacou.
Compromisso classista
Marcelino Rocha, presidente da Fitmetal, deixou claro que todos os dirigentes presentes à plenária estavam lá por realmente acreditar no projeto da Oposição. “Temos que ter um Sindicato atuante, que lute por dignidade e para que os direitos dos trabalhadores sejam mantidos”, sustentou.
Além disso, o presidente da Fitmetal deixou claro que, neste período em que o Brasil discute o segundo turno das eleições presidenciais, a classe trabalhadores precisa ter lado na disputa que definirá o futuro do país.“Temos que sair às ruas e às fábricas para deixar claro o que representaria a vitória de Aécio Neves. Sou mineiro e posso afirmar o quanto o governo tucano foi prejudicial a nós. Não podemos vacilar neste momento”, disse. O presidente da CTB-SP, Onofre Gonçalves, fez coro à defesa de Marcelino em relação à necessidade de se reeleger Dilma Rousseff. “A vitória de Aécio só traria prejuízos para a classe trabalhadora”.
Para Andreia Diniz, secretária da Mulher da Fitmetal, a vitória de Dilma Rousseff em 26 de outubro e da Oposição Metalúrgica de São José depende da “nossa capacidade de trazer os trabalhadores para o nosso lado”. Otimista, ela destaca que ambas as lutas são justas, por conta dos projetos envolvidos. “Vocês de São José nos convenceram de sua luta. Hoje o movimento sindical do Brasil inteiro discute as eleições que ocorrerão aqui. Vamos em frente”, afirmou a dirigente mineira.
Aurino Pedreira, vice-presidente Norte/Nordeste da Fitmetal e presidente da CTB-BA, é importante que cada componente da Oposição Metalúrgica tenha consciência de seu papel não apenas para o Sindicato, mas também para a sociedade como um todo. “Não faz sentido ganharmos as eleições se não for para atender as demandas da nossa categoria. O prejuízo de um sindicato como o atual afeta toda a sociedade da região. É importante que todos aqui saibam do nível da disputa que será travada”, finalizou.
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