Seeb-SE festeja reabertura de diálogo com a Fenaban e permanece em alerta

A direção do Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb-SE) festeja o anúncio de reabertura de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Nacionalmente, os bancários já oficializaram a deflagração da greve, nacional e por tempo indeterminado, a partir da próxima terça-feira (30).

A nova rodada de conversas entre bancários e banqueiros será neste sábado, dia 27, às 11h em São Paulo. Em todo o país, na próxima segunda, os sindicatos da categoria realizam assembleias organizativas pra a greve. “Foi positiva a repercussão do resultado das assembleias realizadas em todo o País. A nossa categoria lotou as assembleias para recusar de forma unânime à contraposta da Fenaban, apresentada no dia 19. Por conta dessa demostração de unidade e força, os banqueiros decidiram abrir uma nova rodada de negociação”, festeja a diretora de Comunicação do Seeb-SE e dirigente da CTB, Ivânia Pereira.

Sentinela

Segundo Ivânia, em Sergipe, a direção do sindicato estará de sentinela aguardando o resultado da reunião de amanhã. “Neste sábado, aqui em Sergipe, o Seeb-SE reunirá a Diretoria Colegiada e todos os delegados e delegadas sindicais. Estaremos estreitando a comunicação com os colegas da capital e do interior e nos preparando para os próximos passos da Campanha Salarial”, afirma a sindicalista.

Propostas

Das negociações da Campanha Salarial 2014, os bancos ofereceram reajuste salarial de 7%, que representa um aumento real de apenas 0,65%. Os bancários reivindicam 12,5% (aumento real de 5,4% mais inflação projetada em 6,35%). Os trabalhadores também querem o piso nacional no valor definido pelo Dieese, R$ 2.979,25. Para o piso, a Fenaban oferece apenas 7,5% de reajuste.

Calendário de Luta

Setembro

26 – Segunda rodada de negociação específica com BNDES
27 – Oitava rodada de negociação com a Fenaban
29 – Assembleia de Organização para deflagração da greve
30 – Greve nacional por tempo indeterminado

Principais reivindicações dos bancários e bancárias

> Reajuste salarial de 12,5%.

> PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.

> 14º salário.

> Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.

> Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.

> Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.

> Fim das metas abusivas.

> Combate ao assédio moral.

> Isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde.

> Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria.

> Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

> Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Por Déa Jacobina, Comunicação do Seeb-SE 

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