Os militares americanos lançaram nesta terça-feira (23) ataques as primeiras posições da organização extremista Estado Islâmico (EI) na província síria oriental de Al Raqqa.
Junto com a governadoria vizinha de Deir Ezzor, Raqqa Al é a base principal do grupo, considerado terrorista pela comunidade internacional no país oriental.
Em Washington, o porta-voz do Departamento de Defesa, o almirante John Kirby, disse que o ataque foi realizado por aviões de guerra e mísseis Tomahawk.
Em um discurso no dia 10 de setembro, o presidente americano, Barack Obama, anunciou o início do bombardeio em posições do EI na Síria e a intensificação da guerra aérea no Iraque.
Desde então, funcionários, organizações de mídia e imprensa sírias denunciaram as ameaças da Casa Branca e advertiram sobre os ataques sem o consentimento do governo de Damasco.
Síria confirma ataques
O Ministério das Relações Exteriores e Emigrantes afirmou que “a Síria tem repetido em várias ocasiões sua vontade de cooperar na luta contra o terrorismo no âmbito do pleno respeito à soberania nacional.”
Um comunicado emitido pelo órgão confirma que o chanceler, Walid al-Moallem, recebeu uma mensagem do seu homólogo norte-americano John Kerry, por meio do ministro das Relações Exteriores do Iraque, informando-o de que os Estados Unidos iriam atacar posições do Estado Islâmico na Síria.
A declaração disse que o lado americano tinha informado o representante permanente da Síria na ONU, Bashar al-Jaafari sobre o início dos ataques aéreos contra as instalações da organização terrorista no Raqqa.
O Ministério das Relações Exteriores também disse que “a Síria afirma que lutou e luta contra essa organização em Raqqa, Deir Ezzor e em outras áreas, e não vai parar de lutar contra, em cooperação com os Estados afetados diretamente, especialmente com o irmão Iraque, com o qual mantém uma coordenação ao mais alto nível para vencer o terrorismo”.
A declaração concluiu que, “a República Árabe da Síria anuncia mais uma vez que colabora com qualquer esforço internacional para combater o terrorismo, e reafirma que a luta deve ser feita preservando as vidas de civis inocentes e no âmbito da soberania nacional e de acordo com as convenções internacionais “.
Da redação do Vermelho,
com informações da Sana e da Prensa Latina