Mais uma vez, a Fenaban não tomou decisões reais quanto às reinvindicações dos bancários da Federação da Bahia e do Sergipe. Em outra rodada de negociação sobre as reivindicações pendentes, a Federação Nacional dos Bancos falou muito e não mostrou quase nada.
O comportamento foi duramente criticado pelo secretário-geral da Federação, Hermelino Neto, presente nos debates de ontem (17), em São Paulo. “Os graves problemas enfrentados pelos trabalhadores não têm espaço na agenda dos bancos. Não existe interesse em solucioná-los efetivamente”, disse.
Cobrados sobre o monitoramento de resultados, os representantes das organizações financeiras se comprometeram em alterar a redação. Atualmente, a produção dos funcionários fica exposta, aumentando a pressão e o assédio moral. A mesma postura foi mantida sobre as gestantes demitidas. As empresas vão mudar o texto, que passa a garantir a anulação do desligamento, caso seja comprovada a gravidez. Hoje, as bancárias têm de recorrer à Justiça para ter o benefício.
A reabilitação profissional foi empurrada para a mesa bipartite e a complementação do 13º salário dos afastados será feita na mesma data dos demais. Sobre segurança, a proposta da Fenaban é implementar um novo projeto piloto. Mas não disse quando nem onde. Quanto às mudanças reivindicadas nas Certificações CPA 10 e 20, os bancos querem fazer o reembolso da prova aos bancários aprovados. Se o candidato não passar, arca com as despesas. Um abuso.
Permanecem em negociação medidas para combater a alta rotatividade, as péssimas condições de trabalho, a igualdade de oportunidades e o elevado índice de adoecimento na categoria.
Fonte: O Bancário