Em campanha salarial 2014/2015, trabalhadores dos Correios de São Paulo se reúnem em assembleia na noite desta terça-feira (16), para avaliar a proposta apresentada pela ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e decidir se iniciam uma greve por tempo indeterminado a partir das 22h.
Na noite da segunda-feira (15), terminou sem acordo a reunião para a resolução da questão. Uma nova reunião ficou agendada para a tarde desta terça-feira.
A categoria pede aumento salarial de 6,5% para repor as perdas provocadas pela inflação e mais 8% de ganho real sobre o salário. No entanto, a nova proposta da ECT prevê o pagamento de uma gratificação de incentivo à produtividade, conforme a referência salarial do trabalhador. Para a maior parte dos agentes de Correios (cerca de 90 mil carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo), o valor é de R$ 200.
Além da gratificação, a proposta da empresa inclui vale-refeição de R$ 30,13; manutenção do ticket durante seu afastamento por acidente de trabalho; vale-cesta de R$ 188,58; período para abono acompanhamento para filhos com deficiência; licença Adoção 120 dias para crianças até 12 anos; Vale Cultura retroativo a janeiro de 2014;
“A disposição de luta da categoria, fruto dos baixos salários, das péssimas condições de trabalho, da falta de funcionários, excesso de dobras e horas extras, além dos assaltos, ficou evidente”, destacou Elias Cesário, o Diviza, presidente do Sintect-SP, em nota.
Na quarta-feira (17), serão realizadas assembleias nos demais estados para definir sobre o movimento. Se a categoria não aceitar a proposta da diretoria, a greve poderá ser iniciada já a partir da quinta-feira (18) nas principais capitais.