Os professores da USP (Universidade de São Paulo) que estão em greve há 110 dias, junto a estudantes e funcionários técnicos, decidiram manter a paralisação até o próximo dia 22.
A decisão foi aprovada em uma assembleia realizada pela Adusp (Associação dos Docentes da USP) na noite dfa quinta-feira (11), e segue mesma determinação do Fórum das Seis, entidade que representa docentes, servidores técnicos e alunos das três estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp).
Os docentes da USP pretendem permanecer paralisados até que a reitoria da universidade defina uma posição quanto ao pagamento do abono equivalente a 28,6% do salário dos servidores técnicos.
A decisão da universidade quanto ao tema deve ocorrer na reunião do Conselho Universitário no próximo dia 16, e possivelmente será ratificada em nova reunião de conciliação entre a administração e os servidores, a ser realizada no TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo) no dia 17/9.
Tribunal do Trabalho
No último dia 4, o TRT determinou que a USP pague o abono a seus funcionários, respeitando a retroatividade com relação à data base dos servidores, estabelecida como 1º de maio.
Se realmente efetivado, o abono deve ser pago para além do o reajuste salarial de 5,2% proposto pelo Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades de São Paulo) no último dia 3.
Segundo o Sintusp (Sindicato dos Funcionários da USP), o reitor Marco Antonio Zago disse, no início da semana, não ter nenhuma proposta de abono salarial, e que esta questão será discutida na próxima reunião do Conselho Universitário da USP, no próximo dia 16.
Paralisação
Segundo informações do site da Adusp, apesar de aprovada a continuidade da paralisação na última assembleia docente, a manutenção da greve na USP já encontra resistência entre parte expressiva dos professores de algumas unidades e alguns campi.
Na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), onde a greve acabou na quinta (11), a reitoria propôs, na última quarta-feira (10), pagar aos seus funcionários técnico-administrativos abono equivalente 28,6% dos salários.
Frente à informação oficialmente da Unicamp, nesta semana, a reitoria da Unesp (Universidade Estadual Paulista) oficializou o mesmo índice para os seus funcionários.
Portal CTB com agências