Professores e funcionários da USP (Universidade de São Paulo) aprovaram, nesta segunda-feira (8), a proposta do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) que prevê pagamento de 28,6% de abono aos grevistas, mais reajuste de 5,24%. No entanto, os trabalhadores decididram por unanimidade manter a greve iniciada há 105 dias até acertar detalhes nas negociações com a reitoria.
Segundo o sindicato, há impasses ainda a serem resolvidos, como questões relacionadas a benefícios dos trabalhadores e a reposição das horas paradas, que impedem que os servidores voltem as atividades.
Os grevistas aceitaram o reajuste salarial de 5,24%, e o que corrige a inflação de 12 meses, segundo o IPC/FIPE. O grupo também concordou com o pagamento de um abono de 28,6% referente ao salário de cada servidor.
Na tarde desta segunda-feira (8) haverá uma reunião com representantes da reitoria e os servidores para tentar solucionar o impasse. O encontro ocorre às 15h no prédio da reitoria.
Proposta
Magno de Carvalho diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) defendeu que esta proposta é, na avaliação do comando de greve, a melhor para os servidores. “Temos que ter a visão do movimento. Não vamos conseguir arrancar nenhum centavo [a mais]”, disse Carvalho ao defender a proposta de aceitação do aumento sugerido pelo TRT.
A paralisação dos funcionários, a mais longa já promovida pela categoria na USP, começou em 27 de maio e já dura 105 dias. Unicamp e Unesp também enfrentam greve de trabalhadores.
Pela proposta do TRT, o abono seria oferecido pela defasagem deste reajuste, desde maio, mês do dissídio da categoria. Já a USP, que concorda com os 5,24%, diz que ainda analisa se poderá pagar o abono.
As condições foram propostas pelo TRT em uma reunião de conciliação entre grevistas e a USP, ocorrida na última quinta-feira (4). O abono teria de ser pago dez dias após a assinatura de um acordo entre as partes. A próxima reunião no TRT, onde isso deverá ser feito, será na quarta-feira (10).
Portal CTB com agências