A CTB-SE e o Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb-SE) montaram nesta terça-feira (2) uma barraca para coletar assinaturas da população em defesa do projeto de lei de iniciativa popular que busca mudar o atual sistema político brasileiro. A barraca com a urna do plebiscito popular está na sede dessas entidades, localizadas na Avenida Gonçalo Prado Rolemberg, no centro de Aracaju.
De acordo com o presidente da CTB-SE, Edival Gois, Sergipe recebeu ao todo 200 urnas, que estão espalhadas em escolas, comércio e sindicatos. A meta é coletar em todo o estado 200 mil assinaturas, até o dia 7 de setembro. A cédula do plebiscito traz apenas uma pergunta e as alternativas para resposta (sim ou não): “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?”
Nacionalmente, a campanha reúne 95 entidades ligadas ao movimento social e sindical. Em todo o Brasil, foi aberta nesta segunda-feira, a Semana Nacional de Luta pela Reforma Política e Democrática.
Regras antigas
“A reforma política está na ordem do dia. As regras atuais do sistema político do Brasil são antigas e antidemocráticas que levam a criação de máfias partidárias. Com o plebiscito, primeiro estamos buscando o apoio da sociedade. Para que não engavetem, depois teremos de pressionar o Congresso Nacional a transformar o projeto em lei federal, sem delongas”, afirma Edival Gois.
Poder econômico
Para o presidente do Seeb-SE, José Souza, “o plebiscito pretende assegurar alterações na composição do parlamento brasileiro que na atualidade está influenciado pelo poder econômico”.
José de Souza defende um sistema eleitoral em que o voto seja dado a partir de propostas, que seja assegurada à ampliação da representação feminina e dos demais grupos sub-representados nos espaços de poder política e que crie mecanismos para garantir o efetivo exercício da democracia direta.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Sergipe (Sintrase), Waldir Rodrigues, afirma que a República e a democracia brasileira são jovens e precisam de regras mais democráticas e objetivas. “Mas, para reformar o Sistema Político será necessário elegermos parlamentares, eleitos com a responsabilidade específica de debater as mudanças possíveis relacionadas ao sistema político por meio de novas leis e emendas na atual Constituição. E os sindicatos estarão ajudando nesse processo de mudanças”, destaca Waldir Rodrigues.
Por Déa Jacobina do Seeb-SE