A luta dos trabalhadores e trabalhadoras e da juventude nunca dormiu. Em 2013, o povo na rua nas maiores marchas desde o Fora Collor dá uma outra força para avançar nas mudanças e mudar queremos mais direitos e desenvolvimento. E precisamos lutar por isso, pois a crise mundial do capitalismo só tem a oferecer miséria, precarização do trabalho, guerras e degradação do meio ambiente. No Brasil, a mídia golpista fará de tudo para interromper o ciclo de vitórias conquistado pela juventude e os trabalhadores.
Expressar a liberdade nas ruas e nas redes, a juventude quer seu lugar no Projeto Nacional de Desenvolvimento. As marchas expressam a luta pela mobilidade e o direito a cidade, melhores serviços na área da saúde e educação, profunda transformação na política, que não representa o povo, mesmo com os avanços que tivemos. Contra isso haverá a resistência e as manipulações das velhas elites. É preciso evidenciar que a mobilidade urbana, os serviços de saúde e educação não vão melhorar enquanto os gastos com banqueiros e especuladores tomarem quase metade do orçamento do Brasil, inviabilizando o desenvolvimento e o lugar da juventude.
A origem da corrupção é o peso do dinheiro na eleição dos representantes. Basta de eleger somente quem os banqueiros, os latifundiários e empresários financiam. Queremos o lugar das mulheres, da juventude, dos negros, da classe trabalhadora. Política não é mercadoria. Reforma política já, com financiamento público e exclusivo de campanha.
A mídia continuará tentando manipular o povo e criminalizar os movimentos sociais enquanto houver o monopólio dos meios de comunicação. A juventude e os trabalhadores(as) estão nas ruas para expressar a liberdade que não encontram na telinha e nos jornalões. É preciso uma nova lei que desconcentre os meios de comunicação, garantindo liberdade, pluralidade e diversidade. Por uma nova lei da mídia democrática já!
Pontos de luta da juventude trabalhadora:
– 40 horas semanais já! Fim do fator previdenciário.
– Intensificar a luta pela educação. 10% do PIB para educação de qualidade, com creches para as mães jovens trabalhadoras.
– Lutar por oportunidades de permanência da juventude no campo, garantindo a sucessão rural, fortalecendo a educação do campo.
– Lutar por reforma agrária garantindo assentamento dos jovens trabalhadores (as) rurais.
– Lutar pelo empoeiramento das mulheres em todos os espaços, com equidade salarial de gênero Contra a homofobia.
– Criar condições para a conciliação do trabalho e estudo.
– Combater o assédio moral e sexual.
– Apoiar o projeto de lei de iniciativa popular que regulamente e democratize a mídia.
– Mais transparência no sistema “S” contemplando: inclusão da formação voltada à agricultura de pequena e média escala e a ao empreendedorismo rural.
– Lutar para garantir a qualidade do ambiente de trabalho, e combater a exploração da mão de obra juvenil cobrando que o Ministério do Trabalho tenha uma posição em defesa dos trabalhadores(as).
– Reforma política já, com financiamento público e exclusivo de campanha.
– Combater a terceirização do serviço público.
– Transporte coletivo público de qualidade.
Sérgio Gonçalves é secretário de juventude da CTB-GO.
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