A crise de segurança da Bahia se reflete nas unidades de saúde da capital e do interior. Em Camaçari, as denúncias de casos de violência sofrida por médicos e pacientes se avolumam.
Na última semana, uma médica foi ameaçada por um paciente durante atendimento na Clínica de Especialidades que fica no centro da cidade. Na saída, o paciente danificou o carro de uma médica que não tinha nenhum envolvimento com o episódio. O veículo estava estacionado dentro das dependências da unidade, lugar supostamente seguro.Não se trata de um caso isolado. Meses antes, um médico já havia sido ameaçado por um paciente com uma faca.
Em visita a unidade no último dia 29, o Sindimed constatou um ambiente sem condições de segurança. A falta de vigilantes devidamente identificados e a presença somente de funcionárias e médicas abrem espaço para acontecimentos semelhantes.
Questionado sobre a ausência de vigilantes na unidade, Artur Sampaio, coordenador das UPA em Camaçari, afirmou que a clínica conta com uma vigilante entretanto se trata de um contrato REDA, o qual não tem porte de arma e uniforme padronizado. O próprio gestor relatou outros casos de violência nas UPA, onde profissionais foram vítimas de pedradas, assaltos e agressões físicas.
O vice-presidente do Sindimed, Luiz Américo, afirmou a necessidade de se ter um vigilante devidamente equipado nas unidades de saúde. “Ainda que não resolva completamente o problema, a presença de um vigilante coíbe agressões, principalmente contra as mulheres”, afirmou o sindicalista.
O Sindimed já notificou a secretaria de saúde do município cobrando providências urgentes e solicitando audiência para tratar do assunto. Além disso, tentará articular com a Polícia Militar, ações para garantir a segurança nas unidades de saúde.
Fonte: Sindimed Bahia.