A proposta de paralisar os serviços nos postos de combustíveis reafirma a indignação da categoria diante da intransigência dos patrões em manter o reajuste salarial de 6,6%, inflação e menos de 1% de aumento real, e de não aceitarem a proposta de mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) de reajuste salarial e na ajuda alimentação de 9%, além da implantação do plano de saúde, há 12 anos sendo negociado.
O estado de greve já tinha sido aprovado em assembleia, dia 11 de julho, com a presença de trabalhadores de todas as redes de Salvador; o Sindicato realizou manifestações paralisando durante todo um dia diversos postos, nem assim o patronato se sensibilizou diante das reivindicações. Mas uma nova assembleia foi realizada dia 25 de julho, cumprindo todos os trâmites e prazos legais, para que a greve não seja considerada ilegal.
A data-base da categoria é 1º de maio; e após três meses de negociações os patrões se negaram a discutir a pauta, que contém além do reajuste salarial, direitos sociais como o plano de saúde, rever injustiças e desrespeito como o desconto dos assaltos sofridos nos salários e o pagamento justo dos domingos trabalhados.
Segundo o presidente, Antonio José Santos, o Sinposba defendeu e decretou a greve, porque os trabalhadores não aceitam a exploração, descaso e desrespeito com quem cumpre o dever de atender bem à população gerando riqueza a esse patronato, que se comporta de forma intransigente, tanto na capital como no interior do estado.
Na próxima segunda-feira (04), a partir de 6 horas da manhã a categoria se concentra no posto Mataripe BR do Bonocô. O Sinposba organizou toda a infraestrutura para manter a greve e já está distribuindo a partir desta sexta (1º) carta à população comunicando a paralisação dos serviços.
Por Kardé Mourão