O jovem metalúrgico, Joel de Souza Santos, 24, morreu no fim da tarde de terça-feira (27) na empresa Tedesco em Caxias do Sul (RS), em mais um acidente de trabalho. Chapas de aço caíram de uma empilhadeira atingindo o metalúrgico que morreu no local. Era o primeiro dia de trabalho de Joel que era natural de Vacaria. O Sindicato dos Metalúrgicos está acompanhando o caso, juntamente com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Segundo relatos, o trabalhador passava em um corredor para buscar material quando foi atingido pelas chapas que caíram das prateleiras ao serem manuseadas pela empilhadeira. Durante perícia realizada pelo MTE foram constatados diversos problemas na área do acidente como estrutura de trabalho precária, desníveis no piso, prateleiras com materiais muito altas e sem a devida proteção. Além disso, foi apurado pelo ministério que a CIPA da empresa não é atuante. “Nunca houve notificação ou solicitação de mudanças no ambiente que apresentava muitos riscos aos trabalhadores. Isso é papel da CIPA e que poderia prever muitos acidentes”, destaca Vanius Corte, coordenador de fiscalização da Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Caxias do Sul.
Segundo o diretor do Departamento Jurídico do Sindicato, Geraldo Bernardo, que acompanhou a perícia do MTE, a culpa dos acidentes de trabalho é das empresas que não cumprem as normas de segurança e não agem preventivamente. Bernardo lembra ainda que é preciso dar uma atenção especial para quem trabalha com empilhadeiras ou próximos a elas. “A grande maioria dos acidentes de trabalho no ano passado e neste ano tem o envolvimento de empilhadeiras, que são muito perigosas e merecem atenção redobrada e um cuidado especial com a segurança dos trabalhadores.”
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região, por Fabíola Spiandorello