O Dieese debateu os desafios e perspectivas das negociações em 2014 com dirigentes de Centrais, entre elas a CTB-SE, e de sindicatos de trabalhadores durante a 9ª Jornada Nacional de Debates, realizada no auditório do Sindicato dos Bancários de Sergipe. Luis Moura, supervisor técnico do Dieese, fez uma avaliação da conjuntura política e econômica do País e do Estado.
Para o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos, o Brasil deve manter o desenvolvimento econômico este ano devido ao crescimento do emprego e do salário. A expectativa é que, até o final de 2014, o crescimento formal do trabalho supere os 50 milhões trabalhadores com vínculos protegidos pela legislação, um ambiente favorável às negociações coletivas.
O aumento dos salários no mercado formal de trabalho também teve um impacto positivo no desenvolvimento econômico do País. Entre 2005 e 2012, o salário mínimo aumentou quase 77%. Ano passado, em 87% das negociações coletivas, os trabalhadores obtiveram aumentos salariais acima da inflação e 7% conseguiram, no mínimo, repor a inflação. Apenas 6% tiveram os salários reajustados abaixo da inflação do período.
Política
Segundo Luiz Moura, o movimento sindical deve lutar pela manutenção da política de valorização do salário mínimo, uma vez que o acordo firmado entre o Governo Federal e as Centrais Sindicais, em 2007, termina em janeiro de 2015.
Em Sergipe, o emprego formal também deve continuar crescendo. Em 2012, havia 388 mil trabalhadores com carteira assinada no Estado e mais 12 mil entraram para o mercado formal em 2103. “A perspectiva é que cheguemos a 420 mil empregos formais este ano”, disse Luis Moura.
Esse quadro é favorável aos sindicatos que se fortalecem com formalização do trabalho. Para o Dieese, um dos desafios do movimento sindical é lutar para conseguir repor a inflação durante as negociações coletivas deste ano, tanto na iniciativa privada como no serviço público.
Edival Góes, da CTB-SE, ressaltou que as informações repassadas pelo Dieese são importantes para o movimento sindical moderno e profissionalizado, porque ajuda a unificar a luta, permitindo que os dirigentes sindicais tenham uma boa compreensão da conjuntura política e econômica.
“Temos que nos capacitar, nos preparar para poder agir durante as negociações coletivas que virão no decorrer do
ano. Com isso, o movimento sindical cresce e se estrutura para enfrentar os desafios do embate entre capital e trabalho”, salientou.
Fonte: CTB-SE