A pressão do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari (BA) nas negociações com o Complexo Ford tem resultado em avanços na luta contra demissões na montadora. Do ano passado pra cá, a fábrica de motores e outros setores da Ford absorveram centenas de trabalhadores que perderiam os empregos.
Só da Faurecia Portas foram 120 funcionários transferidos, assim como 50 na Saargummi, 50 da Lear, mais de 30 da Visteon, 30 também da Pelzer, e mais 10 da Pilkington. Segundo o Sindicato, a maioria desses funcionários tive as faixas salariais mantidas e também não houve retrocesso na planilha do Plano de Cargos e Salários.
Mas, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, ainda há muito por conquistar. É preciso reverter 320 demissões que a Ford insiste em fazer. O Sindicato está intensificando as negociações para garantir a absorção de ainda maios trabalhadores para a Ford. “Não aceitamos demissões. Temos a consciência de que é possível encontrar outras saídas para assegurar a empregabilidade no Complexo Ford, como temos conseguido fazer através das reuniões com a Ford”, diz Júlio Bonfim, presidente do Sindicato.
Importante lembrar que além das reintegrações e transferências de trabalhadores, o chão de fábrica tem comemorado importantes conquistas previstas no acordo de duração de dois anos, sobre PLR, abono e aumento de salários. O acordo garantiu uma segurança aos trabalhadores, a partir do momento que os protege da instabilidade do mercado e da queda de produção no setor automotivo. Ou seja, essas conquistas estão asseguradas independentemente do cenário econômico.
Só para se uma ideia, a produção brasileira de veículos caiu 3,6 entre fevereiro e março, segundo a associação que representa o setor, Anfavea. Mês passado, foram produzidas 271,2 mil unidades. No trimestre, produção caiu 8,4% sobre o mesmo período de 2013.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia