“Nós não temos interesse em reajuste linear. Um aumento desses pode representar R$ 40 a mais no bolso do servidor, o que não é nada diante das perdas acumuladas há anos. Queremos uma carreira”. A afirmação é de Waldir Rodrigues, presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Geral do Estado (Sintrase), ao defender a aprovação do Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV) em tramitação na Assembleia Legislativa.
O dirigente sindical garante que a categoria continuará mobilizada e acompanhará a análise e votação do projeto todos os dias da semana, até o prazo limite para aprovação – 4 de abril. Waldir acredita que os deputados estaduais aprovarão a proposta encaminhada pelo governador Jackson Barreto. “Eles já aprovaram tudo para outras categorias e não podem negar isso aos servidores da Administração Geral. Há funcionários públicos que tiveram reajustes inimagináveis, enquanto nós continuamos recebendo R$ 622 de salário base, abaixo do salário mínimo nacional”, critica.
Desumano
Waldir ressalta que os únicos deputados que contestam o projeto são Gilmar Carvalho (Solidariedade) e capitão Samuel (PSL), porque não participaram da elaboração da proposta ou por acreditarem que a aprovação do PCCV pode beneficiar politicamente o governador do Estado.
No entanto, o presidente do Sintrase lembra que foi Jackson Barreto quem recebeu os servidores, negociou, elaborou uma proposta e a encaminhou à Assembleia. Waldir diz ainda que várias categorias, como a dos delegados, policiais civis e militares, lutam para recompor a carreira.
“E nós, que não temos nenhuma? Isso é desumano. Os Governos Estaduais que por aí passaram foram justos com todos, menos com a gente”, afirma. Edival Góes, presidente da CTB-SE, concorda com Waldir Rodrigues e defende o projeto.
Carreira
“De nada adianta ficarem criticando, bombardeando o projeto, apenas porque não fizeram nada para que o PCCV se concretizasse. Esse é o resultado de uma luta iniciada há muitos anos que resultou num plano. Embora limitado, ele define novos parâmetros na vida dos servidores públicos do Estado”, salienta Edival.
O dirigente da CTB-SE diz que o PCCV não foi um presente do Governo do Estado. “Isso é fundamental para que a categoria entenda que vale a pena lutar. Se for aprovado, os servidores passam a ter uma carreira, o que é melhor do que não ter carreira nenhuma”, comenta.
O PCCV garante periculosidade para os vigilantes, tabela salarial, progressão por tempo de serviço, grau de escolaridade e cursos promovidos pelo Governo, incorporação de gratificação congeladas
Fonte: CTB-SE