O dia começou movimentado para os operários da construção civil em Salvador. Em greve, a categoria realizou uma manifestação pelas ruas do Centro da cidade e definiu em assembleia pela manutenção do movimento, até que os patrões atendam à pauta de reivindicações.
A concentração começou no Campo Grande, de onde os trabalhadores saíram em passeata até a sede do Procon, na Rua Carlos Gomes, onde fizeram um ato de repúdio, contra as declarações feitas pelo superintendente do órgão, Ricardo Maurício Soares. Em entrevista a uma emissora de rádio local, Soares sugeriu que as empresas façam a contratação de mão de obra temporária, para o cumprimento do prazo de entrega das obras em andamento.
Em nota pública, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção (Sintracom-BA) e a Federação de Trabalhadores do ramo (Fetracom-BA) ressaltam que os trabalhadores estão em greve, justamente reivindicando melhorias das condições de trabalho e lutando contra a precarização da mão de obra.
E é muito grave, quando um dirigente de um órgão, como o Procon, vem a público aconselhar uma das irregularidades que as empresas praticam constantemente, nos locais de trabalho.
A greve da categoria, aprovada em assembleia geral, com a participação de mais de cinco mil trabalhadores, começou na segunda-feira (24/3), com a paralisação dos canteiros de obras em Salvador e no interior. Os trabalhadores reivindicam 10% de reajuste salarial, acréscimo de R$ 40 na cesta básica para todos os trabalhadores, independentemente do número de empregados, correção do piso salarial do cadastrista, contrato de experiência de 30 dias e manutenção do aviso prévio indenizado, que já consta da Convenção Coletiva de Trabalho e os empresários querem retirar.
O patronato propõe reajuste salarial de 5,56%, aviso prévio trabalhado e contrato de experiência de 90 dias. Os trabalhadores afirmam que a categoria está disposta a continuar o movimento paredista, até que as reivindicações sejam atendidas.
Com informações do Sintracom Bahia.
Fonte: CTB BA