Números para ligar o sinal vermelho. Em 2013, o Brasil registrou 2.917 ataques contra as agências bancárias. Em média, são oito ocorrências por dia. As explosões e os arrombamentos são os principais registros, 2.058 no total. Depois aparecem os assaltos (consumados ou não), com 859 casos.
O crescimento é de 16,36% ante 2012, quando foram registrados 2.530 ataques. A Bahia ocupa o quinto lugar da lista, com 193 casos. Na frente estão São Paulo, primeiro no ranking com 768 casos, Minas Gerais (314), Paraná (210) e Rio Grande do Sul (196). Por concentrar o maior número de agências e postos de atendimento, a região Sudeste tem o maior índice de ataques, 1.170 no total.
Em seguida estão, Nordeste (966), região com maior crescimento, de 43,54%, Sul (515), Centro-Oeste (172) e Norte (154). Os dados são de pesquisa realizada pelo movimento sindical, em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Situação pode piorar
Na opnião dos dirigentes do Sindicato do Bancários da Bahia (SBBA), o que está ruim pode ficar ainda pior. Os dados parciais deste ano comprovam. A Bahia registrou, até esta sexta-feira (21), 51 ataques contra as agências bancárias. No mesmo período do ano passado foram 39.
“Tem mais, falta investimento dos bancos em segurança. Estudo do Dieese, com base nos balanços de 2013, revela que Itaú, BB, Bradesco e Santander lucraram quase R$ 50 bilhões e destinaram apenas R$ 2,5 bilhões para a segurança. O valor representa, em média, apenas 5% do total lucrado”, destaca em nota o Sindicato.
Diante do cenário, os bancários da Bahia querem intervenção urgente do governo federal. A categoria vai enviar uma cópia da pesquisa para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e solicitar uma audiência para discutir os ataques e as medidas para proteger a vida das pessoas.
Fonte: SBBA