Sindicatos paraguaios rechaçaram, nesta quarta-feira (19), as acusações feitas pelo Ministro do Interior daquele país, Francisco de Vargas, sobre supostas provas da preparação dos atos violentos durante a greve geral convocada para a próxima quarta-feira (26).
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Vargas assegurou a existência de gravações em aúdio de pessoas vinculadas com a organização da mobilização da greve nacional, nas quais se fala do planejamento de provocações à segurança pública para propiciar a repressão aos manifestantes e a morte de alguns deles.
O ministro anunciou paralelamente que a partir desta quarta (19) começou um controle especial nas ruas de Assunção e outras cidades com a mobilização de cerca de 15 mil policiais e o possível auxílio para esta tarefa das forças militares, inclusive a demanda de identificação para pedestres.
Após questionar a veracidade das supostas gravações e exigir que se apresentem publicamente os nomes dos envolvidos, o dirigente nacional do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Nacional de Eletricidade (Ande), José Pineda, afirmou que “tudo se trata de uma tentativa de jogo político perverso perpetrado pelo governo de Horacio Cartes”. Segundo ele “é uma mostra de total irresponsabilidade e, ao atuar assim, o ministro Vargas mostra seu caráter imprudente”, destacou.
Por sua vez, o dirigente da Central Unitária de Trabalhadores Autêntica (CUT-A), Bernabé Penayo, pediu a imediata identificação dos supostos participantes no complô e reivindicou uma investigação sobre a denúncia feita pelo ministro.
O Ministério do Interior está à frente da Comissão de Crise criada pelo governo paraguaio diante do aumento da adesão de setores da produção e serviços à greve que reunirá a população em protesto contra a política econômica e social de Horacio Cartes.
Prensa Latina