Os trabalhadores em educação da rede estadual de ensino definiram em Assembleia Geral realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) o percentual de 15% para o reajuste da categoria. A data base da Seduc é em março, segundo o presidente do Sinteam, Marcus Libório.
Essa foi a primeira assembleia realizada pela categoria para definir o percentual de reajuste que será levado para as negociações com o Governo do Estado, segundo Libório.
Durante a assembleia a direção do Sindicato apresentou para os trabalhadores em educação os estudos elaborados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O presidente explica que o estudo é fundamental para nortear os percentuais apresentados para a votação da categoria.
Ainda segundo ele, o estudo do Dieese leva em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). “A direção do Sinteam apresentou uma proposta de 15% para ser submetida a aprovação da categoria. Entendemos que esse percentual é o mais coerente. Esse não foi um numero aleatório. Foi um número baseado em estudos do Diesse que leva em consideração, além desses índices, o orçamento do Estado e os repasses do Fundeb”, explicou.
O presidente destaca que o ganho real para a categoria com esse percentual chega a 9%. ”Se o Estado aceitar o reajuste proposto pela categoria já teremos um ganho real de 9% acima da inflação”, avalia.
Preocupação – As negociações com o Estado preocupam a direção do Sinteam e a categoria. Segundo Libório, por se tratar de um ano de eleitoral no Estado a Lei impede ganhos para a categoria acima da inflação. “A partir do dia 6 de abril não temos mais como está negociando um ganho real. A categoria só ganharia a reposição da inflação o que representaria um percentual de no máximo 6%. Por isso a preocupação”, destaca.
Os índices da inflação no período, segundo o estudo elaborado pelo Dieese para o Sinteam, chegam a 5,41% (INPC) e 5,84% (IPCA).
De acordo com Libório, além do percentual de 15%, foram apresentados durante a assembleia pela categoria outros dois percentuais de 20% e 25%. “A categoria entendeu que o percentual apresentado pela diretoria é mais próximo da realidade e tem base, fundamentação, por isso os outros valores não foram aprovados”, ressalta.
O próximo passo da categoria, segundo o presidente, é apresentar esse percentual de 15% ao governador Omar Aziz e ao secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares. “Vamos protocolar um ofício junto ao Governo solicitando essa audiência e esperamos tão logo sentarmos para definir o reajuste da categoria e, assim, alcançarmos ganhos reais”, disse.
Data base 2013 – No ano passado o reajuste da categoria no Estado foi de 10%, segundo Libório. O percentual representou um ganho real de 3,69%. A reposição salarial da inflação – já garantida pela data base – ficou em 6,31 %.
O pagamento para os trabalhadores foi escalonado. “Primeiro o Estado pagou a reposição da inflação de 6,31% e o ganho real (3,69%) foi escalonado”, explica.