Os cerca de 600 trabalhadores da Intral paralisaram as atividades por duas horas na manhã desta sexta-feira (07), contra o constante assédio moral que vêm sofrendo. O protesto foi motivado pelo grande número de advertências e demissões por motivos banais, alguns inclusive previstos no acordo coletivo, como o direito das mães acompanharem seus filhos ao médico.
“Não podemos achar normal esse tipo de atitude. Queremos um ambiente digno, com respeito ao trabalhador. Temos que respeitar a empresa e os chefes e não ter medo deles. Isso é terrorismo”, destaca Leandro Velho, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.
O presidente Assis Melo salienta que a empresa está com dificuldades em se relacionar com os trabalhadores. “Esta empresa está se transformando em uma fábrica de advertências. Atitudes como estas são um retrocesso. Não podemos aceitar desrespeito com o trabalhador”, reforça.
Após reunião com os representantes da empresa, ficou acordado que a Intral vai rever e analisar as suspensões e também as demissões por justa causa dos últimos dias. A empresa se comprometeu a dar um retorno até a segunda-feira, quando acontece uma reunião com o dono da empresa para cobrar soluções quanto ao assédio moral relatado pelos trabalhadores.
Fonte: Fabíola Spiandorello