Após um impasse na negociação sobre o PCCS (plano de cargos, carreira e salários), professores e funcionários das Etecs (Escolas Técnicas do Estado de São Paulo) e das Fatecs (Faculdades de Tecnologia do Estado) anunciaram nesta segunda-feira a greve geral da categoria. A paralisação é por tempo indeterminado.
Segundo o Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza), cerca de 60% dos funcionários das Etecs e Fatecs aderiram à greve. Nas escolas técnicas, a entidade afirma que a adesão foi de 50%. Já nas Fatecs o índice foi de 30%.
“São 150 mil alunos das Fatecs e das Etecs no estado. Não temos como precisar, mas estimamos que mais de 20 mil alunos tenham sido prejudicados”, afirmou a secretária-geral do sindicato, Neusa Santana Alves.
Segundo Neusa, escolas técnicas tradicionais de São Paulo aderiram à paralisação, caso da Getúlio Vargas e Júlio de Mesquita, entre outras. Entre as Fatecs, os funcionários da unidade Praça Coronel. Fernando Prestes, no Bom Retiro, discutem a entrada na greve na próxima sexta-feira. “No interior, temos notícias de paralisações em Americana, Franca, Mococa e muitas outras” disse Neusa.
Também nesta segunda, o Sinteps organizou uma passeata em ruas do Centro de São Paulo. O ato contou com a participação de aproximadamente 500 pessoas, a maioria delas de funcionários das Etecs e Fatecs da capital.
O grupo ainda fez um ato em frente à sede da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Inovação. O objetivo era pressionar o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) a enviar à Assembleia Legislativa de São Paulo o projeto de lei que trata da criação do plano de carreira. Uma comissão foi recebida para discutir o plano de carreira.
“Foi uma meia vitória. O problema é que o estado não quer se comprometer a dar um prazo para a aprovação do plano”, afirmou Neusa.
Greve cresce
Nesta terça-feira, o Comando Geral de Greve (CGG) reuniu-se na sede do Sinteps, em São Paulo. Cerca de 80 pessoas, representando unidades da capital e do interior, avaliaram o primeiro dia da greve, que paralisou cerca de 80 unidades.
O CGG atualizou o quadro de adesão à greve, que mostra o crescimento do movimento em seu segundo dia (já somos mais de 90), e também aprovou a realização de um calendário de atividades para os próximos dias.
Ao longo da semana a categoria realiza atos públicos regionalizados. Em São Paulo, o ato será realizado na sexta-feira (21), às 14h, em frente à administração do Ceeteps (rua dos Andradas, 140, Santa Ifigênia). Já na terça-feira (25), os educadores realizam um protesto no Vão Livre do MASP, na avenida Paulista.
Portal CTB com agências