A manifestação dos servidores da Saúde, organizada pelo Sindicato da categoria, foi considerada um sucesso. O movimento teve início às 7 horas, com a participação de aproximadamente 300 servidores, que cobram a aplicação da jornada de trabalho de 30 horas semanais, na porta da Secretaria da Saúde, com carro de som, palavras de ordem e um velório simbólico do secretário da pasta, Stênio Miranda. Diversas músicas também foram tocadas pelos servidores.
A manifestação seguiu com o cortejo pelo centro da cidade até a porta do Palácio Rio Branco, onde o Sindicato exigiu que o governo recebesse os trabalhadores. Na prefeitura foi feito o enterro simbólico do secretário da Saúde e os servidores entoaram cânticos e palavras de ordem. O caixão foi colocado na porta do Palácio e os trabalhadores ocuparam a escadaria do prédio.
“O que aconteceu neste 11º dia de greve reflete exatamente o sentimento dos trabalhadores. A partir do momento em que o secretário fechou as portas da negociação com a categoria, optando pela intransigência, foi o mesmo que ele tivesse morrido para os servidores da saúde. Eles se sentiram traídos, pois, antes de ser secretário, Stênio é servidor público municipal”, fala o coordenador da Seccional da Saúde, Noedivaldo Bernardino.
Diálogo reaberto
Diante da grande concentração de pessoas e da repercussão alcançada pelo movimento, pois todos que passavam pelo local paravam para saber o que estava acontecendo, o governo foi obrigado a reabrir o diálogo com as categorias envolvidas na greve. A conversa foi dividida em três reuniões; primeiro com os auxiliares de farmácia, em seguida com os técnicos e auxiliares de enfermagem e encerrada com os auxiliares de saúde bucal.
“O governo que vivia gritando ao vento que a greve era furada, que menos de 20% haviam aderido ao movimento, sentiu na pele o que é a força dos servidores. Lotamos a frente do palácio e mostramos o poder da nossa unidade. Foi muito importante fazer esta grande manifestação, pois foi graças ao movimento que o diálogo voltou a acontecer com este governo que não sabe ouvir a categoria. Sabemos que a luta não está ganha, mas vamos com todas as nossas forças para o final desta batalha. Essa já é, senão a maior, com certeza uma das maiores greves que esta cidade presenciou. E digo mais, se o governo não cumprir a lei que ele próprio criou, com certeza este movimento será o maior que a região já viu. Não vamos aceitar que passem por cima da lei como estão querendo fazer”, afirma o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues.
Com a reabertura do diálogo, ficou definido que três reuniões serão realizadas nesta sexta-feira (14), no Palácio Rio Branco; duas no período da manhã com os auxiliares de farmácia e saúde bucal e uma no período da tarde, com os auxiliares e técnicos de enfermagem. Com a continuidade da greve nesta sexta-feira, o movimento dos trabalhadores chega ao 12º dia.
“Pelo que ficou acertado o governo deverá apresentar uma proposta de aplicação da jornada de trabalho de 30 horas semanais e os trabalhadores também. A expectativa é de que o governo cumpra a lei que ele próprio criou. Enquanto uma resposta que contemple a categoria não for dada a greve vai continuar”, fala o coordenador da Seccional da Saúde, Célio Aparecido.
Devido às reuniões que irão acontecer, uma nova assembleia foi marcada para as 17 horas, desta sexta-feira (14), na sede do Sindicato dos Servidores.
Portal CTB com Sindicato