Os servidores municipais da saúde de Riberão Preto, interior de São Paulo, suspenderam a greve iniciada na última terça-feira (03). A decisão foi tomada em assembleia no início da noite da última sexta-feira (07), sob a condição de que o governo municipal retire no Tribunal da Justiça de São Paulo o agravo ingressado no dia 31 de janeiro.
Além da suspensão da greve, (desde que o agravo seja retirado) a categoria aprovou a reunião entre a comissão dos trabalhadores, o Sindicato e governo.
Vale lembrar que na Reunião na tarde da sexta-feira com o governo e a juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública Heloísa Martins Mimessi exigiu que o governo se reúna novamente com os servidores e o Sindicato na próxima segunda-feira, dia 10.
Havendo ou não a suspensão da greve, as próximas decisões da categoria serão tomadas na assembleia de terça-feira (11), às 18 horas.
“Se o agravo for retirado a greve será suspensa até o dia 11, quando acontecerá a assembleia. O agravo sendo mantido a greve permanecerá até o dia 11, quando decidiremos o futuro do movimento. A expectativa da categoria é de que o governo apresente uma proposta para os trabalhadores nesta reunião do dia 10. Está na hora de valorizar os servidores da Saúde”, ressalta o coordenador da Seccional da Saúde, Noedivaldo Bernardino.
Reunião na Justiça
Com o despacho da juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública Heloísa Martins Mimessi favorável a petição do Sindicato dos Servidores, aconteceu a audiência de conciliação e o diálogo foi aberto com o governo. Uma nova reunião será realizada entre o Sindicato, a comissão dos trabalhadores e o governo municipal na segunda-feira, dia 10, às 15 horas.
Na opinião do sindicato, ao que tudo indica a greve é de grande interesse do governo municipal, que dá indícios, claros, de que não tem planejamento para a pasta.
“O governo tem interesse na greve. Essa é a conclusão dos servidores e do Sindicato. A prefeitura não tem planejamento algum para a Secretaria da Saúde, e isso é claro e evidente. Em seu programa de governo, divulgado na época da eleição, foi dito que mais médicos seriam contratados, que as filas acabariam nos postos de saúde, e o governo não conseguiu fazer nada disso, por não ter uma gestão eficiente para a pasta. Por isso, uma greve na Saúde parece providencial para o governo que tem usado o movimento legítimo dos trabalhadores como muleta de apoio para justificar sua incompetência de gestão. E não é só isso. O governo em nenhum momento chamou a categoria e o Sindicato para uma conversa nestes seis dias de greve. Na reunião diante da Justiça nada foi dito pelo secretário da Saúde Stenio Miranda, nenhuma proposta foi feita. Eles não querem resolver o problema. É realmente um governo inerte”, fala o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues.
Portal CTB com Sindicato