Sob calor intenso, metalúrgicos da Progás e da Guerra de Caxias do Sul cruzam os braços

 

Os metalúrgicos das empresas Guerra e Progás paralisaram as atividades por cerca de duas horas na manhã da quinta-feira (06). As manifestações tiveram o intuito de negociar medidas emergenciais para amenizar o impacto das altas temperaturas dentro das fábricas.

Na Progás ficou acordado que os trabalhadores terão água gelada disponível e intervalos de 10 minutos às 10h, 14h30min e as 16h. A empresa se comprometeu ainda, a substituir as telhas transparentes por comuns para amezinar o calor dentro da fábrica.

Já na Guerra, também foi acordado que os trabalhadores terão água gelada disponível com a instalação, ainda hoje, de 21 novos bebedouros. Quanto aos intervalos a empresa solicitou ao Sindicato dos Metalúrgicos uma nova negociação à tarde, pois precisam do aval de outros diretores por ser uma multinacional. As horas paralisadas na Guerra não serão descontadas. A tendência é de que o problema seja solucionado ainda hoje, caso contrário, as atividades serão paralisadas novamente.

“Estamos reivindicando condições de trabalho para produzir. A produção da Guerra quase dobrou em um ano, ou seja, os trabalhadores cumprem o seu papel. Nossa luta é justa. Só queremos condições para produzir. Investir na empresa não é só máquinas e prédios, é também o bem-estar dos trabalhadores”, destacou Leandro Velho, vice-presidente do Sindicato.

“Evolução no mundo do trabalho não é só o aumento da produção e a modernização dos maquinários. Evolução é valorizar o trabalhador e dar condições de trabalho dignas para eles. Os empresários daqui copiam o modelo de fábrica europeu, por quê não copiam também a forma de tratar o trabalhador?, salientou Antônio Carlos Santos, diretor do Sindicato.

O Sindicato espera retorno de empresas que já se comprometeram em apresentar alternativas, mas segue mobilizando os trabalhdores de outras empresas que não demonstraram interesse em melhorar o ambiente de trabalho.

Por Fabíola Spiandorello

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