Com a intransigência do sindicato patronal que não demonstrou interesse em realizar uma medida emergencial conjunta para melhorar as condições de trabalho dentro das empresas devido ao forte calor, o Sindicato dos Metalúrgicos está atuando nas empresas individualmente para tentar resolver os problemas específicos.
Na manhã desta terça-feira (04) realizou paralisações simultâneas nas duas unidades da Marcopolo – Ana Rech e Planalto. As atividades foram paralisadas por cerca de três horas. Os trabalhadores aceitaram voltar ao trabalho após a empresa marcar uma reunião com a diretoria do sindicato para o final da manhã para a discussão de soluções.
“Estamos discutindo uma questão de saúde. Sabemos o desgaste que o calor provoca, afeta e muito as condições de trabalho, inclusive facilitando os acidentes. As pausas são importantes para a reposição da energia, os patrões precisam compreender. Não há aqui nenhuma imposição, apenas uma reivindicação simples e justa que merece atenção e resolução imediata,” destacou Jorge Rodrigues, diretor do Sindicato.
Rodrigues disse ainda que os trabalhadores estão sendo submetidos a condições desumanas nas últimas semanas dentro das fábricas, isso porque as empresas não estão preparadas para garantir as mínimas condições nas linhas de produção onde as temperaturas, em alguns locais, passam dos 60 graus.
“Queremos uma resolução imediata. A proposta de intervalos a cada 2 horas já amenizaria o problema e não afetaria a saúde do trabalhador que produziria melhor com um ambiente com condições de trabalho”, salientou o diretor de Comunicação, Cleber Soares.
Os trabalhadores estão indignados e o clima está cada vez mais quente. Caso os patrões não apresentem uma solução, os metalúrgicos podem parar.
Por Fabíola Spiandorello
