CTB-CE realiza ato contra agressões e sobrecarga de profissionais do HGCC

A CTB Ceará, em parceria com o  Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Ceará (Sindsaúde/CE), promoveu na manhã desta sexta-feira (17) um ato em frente ao Hospital César Cals, contra a agressão do diretor geral, Eliézer Arrais, à secretária geral do Sindsaúde, Givana Lopes, e ao assessor jurídico.

A manifestação também serviu para denunciar as constantes irregularidades na unidade.

No último dia 10, durante reunião para tratar da pauta dos servidores do hospital, o diretor geral, Eliézer Arrais, perdeu a compostura, esmurrou a mesa, não agrediu fisicamente os sindicalistas porque outras pessoas presentes não deixaram e, esbravejando, xingou-os de “vagabundos”.

Contra esta agressão falaram representantes da CTB-CE, da Associação dos Fiscais do Município de Fortaleza (Afim), do Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais do Ceará (Fuaspec), do Sindicato dos Caminhoneiros do Ceará (Sindcam), Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Ceará (Seeaconce), Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará (Sintro), e o vereador de Fortaleza, Márcio Cruz.

Na mesma data foi divulgada pela imprensa uma nota assinada por 20 entidades sindicais repudiando a atitude do gestor do Hospital César Cals e se solidarizam com a direção do Sindsaúde.

Irregularidades

Não é de hoje que o Sindsaúde denuncia as irregularidades praticadas no HGCC, que aloca poucos profissionais nas UTIs Neonatais. A situação está fora do padrão do Conselho Federal de Enfermagem (resolução 293/2004). Na UTI Neonatal I há dez leitos de cuidados intensivos. De acordo com o Cofen, seriam necessários 5 enfermeiros e 4 técnicos, no entanto, só há dois enfermeiros e quatro técnicos.

Na UTI 2 são 14 leitos de cuidados intensivos e, segundo o Cofen, deveria haver 6 enfermeiros e 5 técnicos, mas só há 2 enfermeiros e 4 técnicos, ou seja, uma sobrecarga ainda maior que na UTI 1.

“Nós temos denúncias de uma única técnica de enfermagem responsável por sete bebês e de um dia caótico em novembro em que 4 auxiliares e uma enfermeira cuidaram de 27 pacientes, totalmente fora dos padrões do Cofen”, ressalta a presidente do Sindsaúde, Marta Brandão.

De acordo com os próprios servidores do hospital, há pacientes que deveriam estar na UTI, mas não estão por falta de vaga.

O número insuficiente de profissionais causa o assédio moral para que os servidores dobrem o plantão. Ou seja, trabalham 12 horas seguidas e estão sendo coagidos a trabalhar mais 12.

Os profissionais da saúde têm, garantido, o repouso noturno, contudo, como estão em número reduzido no Hospital César Cals, não podem usufruir deste direito, o que gera mais insegurança para os pacientes, atendidos por servidores já cansados da rotina estressante.

Para piorar, mexeram no bolso do trabalhador/a: os servidores de nível médio com curso de nível superior recebiam incentivo de R$220,00 e de uma hora para outra passaram a receber apenas R$120,00.

Fonte: Sindsaúde

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