A diretoria do Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb-SE) enviou na última quarta-feira (15), uma manifestação de apoio e de solidariedade ao Seeb de Itabuna (BA). “O Sindicato de Itabuna enfrenta uma luta desigual no ramo financeiro contra as demissões sumárias de todos os bancários e bancárias da agência do Banco Mercantil de Itabuna, realizadas no último dia 7. Estamos nos solidarizando com os dirigentes sindicais que já iniciaram uma campanha jurídica e de assistência aos demitidos daquela agência”, conta o presidente do Seeb-SE, José Souza.
De acordo com informações do Seeb-Itabuna, depois de 40 anos atuando na cidade, o Banco Mercantil determinou o fechamento da agência e estará funcionando na cidade até o dia 14 do próximo mês para atender as demandas dos clientes.
Os representantes jurídicos do Seeb-Itabuna estão orientando os bancários em relação aos direitos rescisórios constantes na Convenção Coletiva da categoria bem como os preceitos constantes na Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT. Ainda das ações, o sindicato agendou reunião com o representante do banco, para que seja apresentada a proposta do banco sobre a rescisão contratual dos bancários.
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Com o fechamento da agência de Itabuna, segundo o Sindicato dos Bancários de Itabuna e Região, o Mercantil encerra as atividades no interior da Bahia. Há cerca de um ano, o Mercantil fechou as agências de Feira de Santana e de Vitória da Conquista. O banco tende a concentrar a atuação no mercado financeiro do Sudeste, principalmente nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Para o presidente do Seeb-Itabuna, Jorge Barbosa, o fechamento das agências do Mercantil no interior da Bahia reforça a tese da concentração das atividades bancárias no País em torno de seis grandes bancos. “A classe trabalhadora que vai pagar com o desemprego o custo da política de oligopolização do Sistema Financeiro Nacional. Além disso, o fechamento da agência do Mercantil significa um prejuízo para a cidade e para os clientes e usuários, o que demonstra mais uma vez a irresponsabilidade social dos bancos”, afirma Jorge Barbosa.
O diretor regional da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Valter Moraes condenou a medida do Mercantil. “Os banqueiros agem de forma desumana quando descartam pais e mães de família que tanto contribuíram para a consolidação da instituição. Esse ato demonstra que os bancos não têm compromisso com a sociedade brasileira, não têm responsabilidade social com o emprego e a renda nem com os clientes e usuários dos seus serviços. Aos bancos só interessam os lucros exorbitantes” denunciou.
Por Déa Jacobina do Seeb-SE